O encontro online reuniu Renata Malheiros, coordenadora nacional do Sebrae Delas, e outras profissionais que atuam em empresas ligadas ao setor de infraestruturaCrédito: Reprodução/Brasil Export
Nacional
Liderança e desafios enfrentados pelas mulheres
Encontro foi promovido pelo Conselho Feminino do Brasil Export
Uma live promovida nesta quinta-feira (14) pelo Conselho Feminino do Brasil Export debateu a liderança feminina e os desafios enfrentados pelas mulheres na sociedade atual.
O encontro online reuniu Renata Malheiros, coordenadora nacional do Sebrae Delas, Co-fundadora da Alumna Mentoria e mestre em Desenvolvimento Internacional pela Universidade de Cambridge; Mayhara Chaves, gerente executiva de Regulação na Rumo Logística e presidente do Conselho Feminino, e outras profissionais que atuam em empresas ligadas ao setor de infraestrutura.
Durante a conversa, Renata apresentou um resumo de sua carreira, vídeos com cenas e questionamentos que fazem parte do universo feminino e levantou temas comuns à realidade das mulheres, principalmente àquelas que trabalham fora e são geridas por uma chefia masculina.
Malheiros também questionou situações que, em algum momento da vida, a maioria das mulheres acaba passando, como julgamentos que envolvem a decisão de voltar a trabalhar após a maternidade, a sobrecarga mental e a falta de apoio dos companheiros em tarefas domésticas e no cuidado com os filhos.
A executiva explicou sobre como a cultura influencia a educação ofertada às crianças, especialmente nas questões de gênero, e o impacto disso no comportamento da vida adulta. Em um dos exemplos, Renata citou que é fácil de perceber a diferença do que se ensina a meninas e meninos na infância.
“Se você vai em uma loja de brinquedos infantis fica fácil de perceber essa cultura enraizada. Se disser que procura presente para uma menina, o vendedor te leva para a parte rosa da loja e mostra bonecas e panelinhas. Se for menino, vai para a parte azul e mostra trens, aviões, carros, jogos de ciência. Como se só os homens fizessem parte desse universo. Para as meninas fica o cuidado e a casa”, lamentou.
Renata citou ainda a síndrome da impostora, que atinge especialmente mulheres e é caracterizada por pensamentos que reforçam a falta de confiança e a sensação de que o sucesso atingido não foi merecido. A questão também é muito presente na vida de mulheres com alto desempenho profissional, que por serem “a única” ou “a primeira” mulher em determinado cargo, sofrem com a pressão de nunca cometer erros.
“Mudar a cultura é difícil, por isso a importância de agir em redes”, pontuou Renata, reforçando que mulheres que conseguem alcançar cargos de liderança precisam auxiliar outras mulheres para que elas consigam o mesmo e dessa forma o mundo, principalmente o corporativo, vá mudando e abrindo mais portas para profissionais mulheres.