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“Vivemos um momento de boas oportunidades”
Alex Sandro de Ávila nasceu em Paranaguá e desde pequeno sonhava em ser professor. Na hora de escolher a faculdade não teve dúvidas e se inscreveu para Letras, mas no meio do caminho apareceu um concurso para estágio na Diretoria de Desenvolvimento Comercial do Porto de Paranaguá. Com Inglês fluente e bons conhecimentos conseguiu o estágio e até completou a faculdade, mas continua até hoje – e apaixonado pelo que faz – no setor portuário. O plano de ficar apenas seis meses durou 13 anos e saiu como diretor administrativo dos Portos de Paranaguá́ e Antonina (APPA)
Desde 2020 ingressou no Grupo FTS Par, primeiramente como Diretor Administrativo e Financeiro do Porto Ponta do Felix – PPF, em Antonina, e atualmente é Diretor de Relações Institucionais do Grupo, grupo paranaense formado por sete empregas que atuam em segmentos ligados ao setor portuário e de logística, incluindo operações e agenciamento marítimo, armazenagem e operação de cargas e transportes de produtos.
Aos 35 anos, tem um currículo admirável e 16 anos no setor portuário. E não para de estudar: fez Pós Graduação e MBA em Gerenciamento de Empresas, em Gestão Estratégica de Empresas e Gestão de Portos e está cursando Administração de Empresas. “Quero continuar sempre me aprimorando”, reforça.
A sede de conhecimento deu frutos já no primeiro trabalho. “Fiquei um bom tempo na diretoria comercial, depois fui para a área de planejamento, ocupando funções de mais responsabilidade. Em 2015 passei a ser Diretor Administrativo e Financeiro dos portos de Paranaguá e Antonina, onde fiquei até início de 2019”, conta.
De lá assumiu o cargo de Diretor Administrativo e Financeiro da Companhia das Docas do Estado da Bahia (CODEBA), em março de 2019. No final do primeiro mês de trabalho foi indicado para Diretor Presidente da Companhia, onde ficou até janeiro de 2020. “Nesse momento tive um problema de saúde complicado com meu pai. Eu me desliguei e voltei para cuidar dele no Paraná, mas infelizmente perdi meu pai para o câncer. Cumpri uma quarentena necessária, organizei a vida com a família e fui convidado para o grupo onde estou até hoje. Tive oportunidade de compartilhar boas experiências e contribuir para alcançar resultados”.
Sobre o FTS Par, revela as novidades e a fase de crescimento com novos projetos pela frente: “É um grupo grande, tem 35 anos de atuação no mercado, consolidando as atividades em Paranaguá onde desenvolveu a maior parte dos negócios. Temos ali retaguarda para fazer operação e armazenagem de carga geral e fertilizantes”.
O desenvolvimento tem sido constante, ele diz: “Ganhamos em 2022 um leilão de um terminal de carga geral em Paranaguá, que já está em operação. Também ganhamos em 2023 um segundo leilão para um terminal de líquidos onde estamos em fase prévia à implantação. A fase atual é de desenvolver o Plano de Implantação do Terminal e apresentar os documentos prévios para assinar o contrato e a implantação. Temos também na região um terminal que está em obras, especializado em movimentação de granel sólido, o TOEX, com expectativa para conclusão dessa obra ainda esse ano e início das atividades em dezembro”.
Além disso, o grupo é o concessionário do porto de Antonina, porto irmão de Paranaguá. “E temos atividade de operações e empreendimentos em outras regiões, como o terminal em operação no Porto de Vitória. Arrematamos um leilão para um pátio de caminhões no Porto de Barcarena no Pará e estamos avaliando projetos em outras regiões para identificar oportunidades. É um grupo diversificado e em expansão, DNA especificamente portuário”.
Outra novidade da empresa é a plataforma www.fastfrete.com.br, especializada em tratar fretes rodoviários, online, realizando leilões eletrônicos e a conexão com quem tem carga e quem deseja levar esse produto para algum lugar do país. “Fazemos o leilão online e a gestão desses fretes. Você cadastra sua carga e o leilão é em tempo real, com oportunidade de fazer a operação com preço mais vantajoso. É a conexão perfeita entre caminhão, carga e transporte.
O envolvimento com o trabalho portuário, que começou quase por acaso, só cresce: “Desenvolvi um carinho pelo setor e hoje sou apaixonado pelo que eu faço. O Setor público, onde iniciei minha carreira, tem um protocolo muito diferente do privado, há várias burocracias para desenvolver e tratar os assuntos enquanto o privado é mais objetivo. Eu comecei conhecendo toda a parte fiscalizatória e de regulação no Setor Público, e agora, no privado, fui para a ponta. Conheci o outro lado do balcão. Meu trabalho é identificar oportunidades e potenciais, representar os acionistas do grupo, implantar projetos”.
O reconhecimento pelo legado familiar é grande: “Minha família tem origem muito humilde, minha mãe é do oeste do Paraná. Meu pai nasceu no Interior do Rio Grande do Sul, jovem foi para o Oeste do Paraná onde conheceu minha mãe e quando adulto veio para o litoral do Paraná, a região de Matinhos. A minha família continua toda lá, eu também moro em Matinhos, embora as viagens sejam constantes. Minha vida é em cima de carro e dentro de avião, viajo muito por conta do trabalho. Fico muito em Paranaguá onde estão os empreendimentos do grupo. E ainda é preciso estar muito presente em Brasília onde estão o Poder concedente e os órgãos de regulação”.
Mesmo com a recente mudança de ministro e as expectativas, Alex está otimista, uma característica que faz questão de manter: “Vejo que é um momento de oportunidades. É preciso paciência e parcimônia para aguardar qual vai ser a condução do novo ministro, inclusive de equipe, para ver como ele vai conduzir o setor e quais serão as prioridades. Temos praticamente três anos e meio de gestão, é um bom período para o novo ministro apresentar projetos e concluir ações”.
O tempo que sobra tem endereço certo: a casa em Matinhos ao lado da esposa Jaqueline e os filhos João e Maria, 15 e 10 anos. E vocês nunca imaginariam quais são os hobbies de Alex: “ Sou colecionador de videogames e de brinquedos. Gosto de cuidar, limpar, troco peças, monto, os que mais gosto são brinquedos de figuras de ação dos desenhos animados da década de 90, 80. Tenho até os 12 Cavaleiros de Ouro dos Cavaleiros do Zodíaco. Nessa coleção, que fica guardada em dois armários, só eu mexo”.