Segundo o presidente do Conselho ESG do Brasil Export João Amaral, a sustentabilidade não será mais um diferencial para as empresas de infraestrutura, mas um mandatórioCrédito: Reprodução/ANTT
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É preciso cruzar iniciativas e trocar experiências sobre práticas ESG, diz João Amaral
Presidente do Conselho ESG do Brasil Export participou de painel dentro do Ciclo ESG, promovido pela ANTT
O presidente do Conselho ESG do Brasil Export, João Amaral, participou nesta quinta-feira, 21, do painel “Financiamento de Infraestrutura Sustentável”, dentro do Ciclo ESG, evento que vem sendo realizado semanalmente pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), em Brasília. Ele ressaltou a importância de “cruzar as iniciativas e trocar experiências” sobre boas práticas sustentáveis.
Ele também destacou que o investimento sustentável é a longo prazo. “Nos próximos quatro anos nós vamos ver uma evolução e vamos ver que a sustentabilidade é uma oportunidade de inovar, de se relacionar diferente com seus atores, com os agentes do setor”, apontou.
Na visão dele, as práticas sustentáveis não geram custos exacerbados para o setor, mas são maneiras de “ressignificar” o apoio à causa sustentável. “Toda a malha que a gente tem, rodoviária e ferroviária, são oportunidade de experimentação. Então existe um conselho de laboratório vivo”, defendeu.
“Se a gente coloca a sustentabilidade no eixo de todos os nossos negócios e percebe que os equipamentos podem ser ressignificados para testar inovação, tecnologia e outros produtos e serviços, em tempo real, a gente tem uma oportunidade gigantesca de ressignificar o nosso apoio”, completou João Amaral.
Estiveram presentes no painel para o debate Nathalia Saad (BNDES); Natália Marcassa (Moveinfra); Laura Ávila Berlinck (TCU); e Renata Luiza (IFC). O debate foi mediado pelo diretor da ANTT, Felipe Queiroz.
Para o diretor, não é preciso esperar novos projetos para inserir a causa da sustentabilidade nas rodovias. “Temos projetos que vão durar 30 anos, não faz sentido esperar mais 30 anos para inserir a sustentabilidade nesses novos projetos […] daqui a 30 anos certamente será tarde demais”, afirmou.
Laura Berlinck apontou que a segurança jurídica precisa estar garantida nos contratos com a ESG. “Eu acho que a gente precisa verificar esses contratos, concentrar as dúvidas e verificar em que medida essas novas cláusulas contribuíram para essa pauta ESG”, disse.
“Como é que a gente olha pra frente? Acho que tudo na vida é parar, pensar, entender quais mudanças são necessárias ou não, avaliar, e sempre, se for o caso, rever”, completou Laura.
João Amaral apontou que a sustentabilidade não será mais um diferencial para as empresas de infraestrutura, mas um mandatório.
“O diferencial competitivo é a sustentabilidade financeira, porque a gente não pode pensar em investimentos que eles não tenham uma sustentabilidade financeira no tempo, senão eu não estou cumprindo uma agenda sustentável”, completou o presidente do Conselho ESG do Brasil Export.