sábado, 23 de novembro de 2024
Dolar Com.
Euro Com.
Libra Com.
Yuan Com.

Rodolfo Saboia afirmou durante a audiência na Comissão que não adianta “pensar numa transição energética em que seja possível parar de produzir petróleo repentinamente”Crédito: Divulgação/Câmara

SEM CATEGORIA

Não explorar a Margem Equatorial resulta voltar a importar óleo bruto

4 de outubro de 2023 às 9:01
Marília Sena Enviar e-mail para o Autor

Rodolfo Saboia esteve na Comissão de Infraestrutura do Senado defendendo a extração de petróleo da região

O diretor-geral da Agência Nacional de Petróleo (ANP), Rodolfo Saboia, disse aos membros da Comissão de Infraestrutura (CI) do Senado nesta terça-feira, dia 3, que a exploração de petróleo na Margem Equatorial, região da costa do Amapá até o litoral do Rio Grande do Norte é importante para que o Brasil não volte a importar óleo bruto.

Ele classificou a ação de permitir a exploração da área como “decisão estratégica muito relevante”. “É nesse sentido que a exploração da Margem Equatorial ganha relevância. É a única nova fronteira com perspectiva de substituir hoje a produção que vem do pré-sal”, afirmou Rodolfo Saboia.

Segundo o diretor, explorar ou não a Margem Equatorial “será basicamente a escolha entre continuar exportando 1,5 milhão de barris por dia ou voltarmos a sermos importadores se nada fizermos”, apontou. A produção nacional atualmente é de 3,5 milhões de barris por dia.

Saboia afirmou que não adianta “pensar numa transição energética em que seja possível parar de produzir petróleo repentinamente”. Para ele, é necessário combater a demanda por fósseis com substituição por energia renovável.

“Suprimir a oferta só vai resultar em elevação dos custos da energia”, disse Rodolfo Saboia. Na visão dele, o efeito dessa medida atingirá especialmente os “mais pobres”.

A exploração da Margem Equatorial divide opiniões entre integrantes do Governo. A ministra do Meio Ambiente. Marina Silva, e o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, divergem sobre o uso da área.

O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) negou a licença ambiental para a exploração da área em maio deste ano. Desde então, Alexandre Silveira vem defendendo o avanço das pesquisas para a comprovação da viabilidade econômica das reservas.

Compartilhe:
TAGS Agência Nacional de Petróleo Comissão de Infraestrutura Rio Grande do Norte Rodolfo Saboia