Porto de Natal quer implantar linha de cabotagem 

Representantes da Autoridade Portuária, Fiern e Mercosul Line se reuniram para discutir o assunto

A administração do Porto de Natal (RN) quer implantar uma linha de cabotagem no complexo. Para isso, o diretor-presidente da Companhia Docas do Rio Grande do Norte (CODERN), Nino Ubarana, conta com o apoio da Federação das Indústrias do Rio Grande do Norte (FIERN), que tem levado representantes de empresas especializadas no segmento para reuniões. 

O trabalho em conjunto visa apresentar o potencial do complexo portuário e ampliar o diálogo com as companhias que atuam com o transporte marítimo entre os portos do Brasil.

No dia 4 de outubro, Nino recebeu na sede da Autoridade Portuária representantes da Mercosul Line, empresa especializada em cabotagem, para tratar da implantação de uma linha no Porto de Natal. Executivos da Marfret e da Log-In também visitaram recentemente as instalações portuárias.

Nino Ubarana comentou que a via marítima é um fator essencial para o crescimento do Estado e que o desenvolvimento do RN passa pelo porto. “Nós estamos buscando incrementar a movimentação no Porto de Natal e temos contado com parcerias importantes, como da FIERN, que tem trazido empresários e representantes de empresas para visitas e diálogos objetivando que futuramente sejam nossos clientes”, explicou.

Em um debate recente realizado pela FIERN, Amaro Sales de Araújo, presidente da federação, lembrou que há anos se busca iniciativas que viabilizem o transporte marítimo no Porto de Natal. “Sabemos dos gargalos existentes e para resolver isso é importante termos parceiros”, disse. 

Ele ressaltou a importância dos encontros entre a Codern e as companhias que oferecem o serviço. Em sua visão, as conversas aprofundam a discussão e ajudam a encontrar soluções que viabilizem a cabotagem e a implantação, de fato, da linha por Natal. 

Entre os gargalos conhecidos que o complexo portuário de Natal enfrenta, estão limitações operacionais impostas pela falta de defensas na Ponte Newton Navarro, que servem para proteger as colunas da estrutura em caso de colisão. 

Com a falta do equipamento, o porto não pode receber navios com mais de 200 metros de comprimento e o horário de operações fica limitado das 7h às 17h30.  

Para a obra na ponte, o Governo do Estado necessita de um recurso estimado em R$ 80 milhões, até o momento não disponível nem previsto.