A CFO da Sociedade de Desenvolvimento do Porto de Maputo, Ana Santiago, disse que foi preciso criar um centro de formação para treinar trabalhadores do complexo moçambicanoCrédito: Divulgação/Brasil Export
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Digitalização e descarbonização dos portos são destacadas por representantes da Aplop
Congresso da Associação dos Portos de Língua Portuguesa foi inserido na programação do fórum Brasil Export
Representantes da Associação dos Portos de Língua Portuguesa (Aplop) destacaram na segunda-feira, dia 16, durante o XIV Congresso da Associação dos Portos de Língua Portuguesa no Centro de Convenções do Royal Tulip, em Brasília , métodos e vantagens da digitalização e descarbonização dos portos.
O evento foi realizado dentro do fórum Brasil Export, que começou na segunda e vai até quarta-feira, 18. Os três expositores foram Ana Santiago, CFO da Sociedade de Desenvolvimento do Porto de Maputo (Moçambique); José Canão, da JCanão Consultoria (Portugal); e Pascal Oliver, chairman da Data Collaboration Committee da Organização Marítima Internacional. Eles explanaram as modificações feitas nos portos que representam para tentar melhorar a tecnologia e a sustentabilidade.
Ana Santiago apresentou alguns pontos-chave para o desenvolvimento do porto. Entre os exemplos estão as principais cargas que o terminal manuseia: minério a granel, carvão, magnetite, melaço e aço. Para melhorar a exportação e importação dos materiais, foi necessário criar um centro de formação para treinar os trabalhadores do porto.
“Decidimos que mandar as pessoas para fora do país é muito caro, foi melhor criar um centro de formação para não só treinar para os negócios, mas treinar para o país”.
Para melhorar a eficiência do Porto de Maputo, foi disponibilizado o serviço de bunkering (abastecimento), por exemplo. Segundo Ana Santiago, anteriormente os navios precisavam abastecer em outros portos.
Já José Canão destacou o que a segurança dos dados não pode faltar no processo de digitalização de um porto. Entre as recomendações está aderir às leis de cibersegurança para a proteção dos dados da empresa. “Isso é extremamente importante para a organização […] a organização tem que ter domínio dos seus dados”, afirmou.
José Canão também ressaltou que a cibersegurança é necessária para garantir a navegação segura através de comunicadores como GPS e comunicações por satélite. Além disso, contribui para o cenário internacional.
Eleição
O Congresso da Aplop terminou na segunda-feira com a eleição do presidente da Federação Nacional das Operações Portuárias (Fenop), Sergio Aquino, para presidir a entidade para um mandato de dois anos. Ele sugeriu dividir a gestão com o presidente da Associação de Terminais de Portos Privados (ATP), Murillo Barbosa. A mudança ainda será avaliada por membros da Associação.