Nesta primeira fase de implementação, planeja-se instalar o projeto Leader em 226 locomotivas que operam nos principais fluxos da VLI nos Corredores Norte, Leste e SudesteCrédito: Divulgação/VLI
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VLI inicia testes de operação semiautônoma de trens na Ferrovia Centro-Atlântica
Projeto Leader introduziu 51 locomotivas equipadas com a tecnologia de assistência à condução no Corredor Norte
A empresa VLI, especializada em soluções logísticas que abrangem a operação de ferrovias, portos e terminais, ampliou o alcance do seu projeto chamado Leader, concebido com o objetivo de otimizar a eficiência energética e, por conseguinte, contribuir diretamente para a redução das emissões de CO2. Esta expansão abrangeu os corredores Sudeste e Leste da Ferrovia Centro-Atlântica e inclui a condução semiautônoma, cujos testes já tiveram início.
No segundo semestre de 2022, o projeto Leader introduziu 51 locomotivas equipadas com a tecnologia de assistência à condução no Corredor Norte do país, que conecta Porto Nacional (TO) ao sistema portuário de São Luís (MA). Além destas, outras 110 locomotivas no Corredor Sudeste e 29 no Corredor Leste foram integradas, totalizando 190 locomotivas com esse sistema.
Mediante o uso deste software, quando o trem atinge uma velocidade superior a 8 km/h, o maquinista pode ativar a condução semiautônoma. Cesar Toniolo, gerente-geral de Engenharia, Desenvolvimento e Tecnologia Operacional da VLI, destaca que o projeto Leader está alinhado com a estratégia de descarbonização da empresa. “Esta tecnologia permite a identificação de fatores operacionais que habilitam a sua condução de forma mais eficiente, reduzindo o consumo de combustíveis fósseis”.
Toniolo prevê uma economia de combustível de aproximadamente 7% nos Corredores Leste e Sudeste, e de 3,5% no Corredor Norte. A expectativa é que essas metas sejam atingidas até 2024, à medida que a tecnologia seja continuamente refinada. “O programa passou por adaptações para as especificidades da ferrovia da companhia e a cada teste são feitas melhorias contínuas no sistema, para cada aprimorá-lo sempre mais. O projeto está em fase de validação e adaptação à realidade operacional da VLI”, explica.
Segundo ele, o maquinista segue essencial na operação do trem. “Ele é responsável por supervisionar a operação do assistente e retomar o controle quando necessário. Cabe a ele assumir o controle do trem em caso de qualquer variável não planejada durante a circulação da composição, garantindo a segurança do sistema ferroviário, bem como executando os procedimentos operacionais de parada ou alertas da passagem do trem”.
Nesta primeira fase de implementação, planeja-se instalar o sistema em 226 locomotivas que operam nos principais fluxos da VLI nos Corredores Norte, Leste e Sudeste. O Leader também contribuirá para reduzir o desgaste do material rodante e aprimorar a segurança nas operações ferroviárias.