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Região Nordeste

Corredor logístico de exportação e integração Oeste-Leste será entregue em 2026 

Atualizado em: 27 de junho de 2022 às 1:56
Bárbara Farias Enviar e-mail para o Autor

O Eurasian Resources Group (ERG) investirá R$ 14,3 bilhões em um projeto de infraestrutura que engloba a expansão da Mina Pedra de Ferro, em Caetité (BA), e as construções da Ferrovia de Integração Oeste-Leste (Fiol 1) e do Porto Sul, em Ilhéus (BA)

Um dos maiores projetos de infraestrutura do País será entregue em 2026 pela Eurasian Resources Group (ERG), ao qual pertence a mineradora Bamin, instalada na Bahia. O projeto engloba a expansão da Mina Pedra de Ferro e as construções da Ferrovia de Integração Oeste-Leste (Fiol 1) e do Porto Sul, em Ilhéus (BA). Ao todo, a ERG investirá aproximadamente R$ 14,3 bilhões. Para a Mina Pedra de Ferro, os investimentos são da ordem de R$ 5 bilhões, na FIOL 1, R$ 3,3 bilhões e no Porto Sul, R$ 6 bilhões.

Segundo a Bamin, a Mina Pedra de Ferro, localizada em Caetité (BA), começou a operar em janeiro de 2021, ano em que produziu 1,07 milhão de toneladas de minério de ferro, quantidade exportada para Ásia e Europa. Com os novos investimentos, a companhia projeta um aumento de produção gradual, podendo chegar a 26 milhões de toneladas de minério de ferro anuais em 2026, mesmo ano em que a Ferrovia de Integração Oeste Leste (FIOL 1) e o Porto Sul, em Ilhéus, deverão estar em operação. A Fiol 1 terá capacidade de 60 milhões de toneladas por ano e o Porto Sul poderá movimentar até 42 milhões de toneladas ao ano.

Os investimentos do grupo Eurasian Resources Group (ERG), ao qual pertence a Bamin, incluem a Mina Pedra de Ferro, em Caetité, na Bahia, e os projetos de logística integrada: Porto Sul, em Ilhéus, e o Trecho 1 da Ferrovia de Integração Oeste-Leste (Fiol 1), que ligará Caetité a Ilhéus. De acordo com a Bamin, “com a FIOL e o Porto Sul, será criado um novo corredor logístico de integração ligando as pontas das cadeias do agronegócio e da mineração, da produção à exportação”.

Em 2023, serão iniciadas as principais obras de infraestrutura da Fiol Trecho 1, retomando as obras inicialmente desenvolvidas sob responsabilidade do Governo Federal.

A Fiol terá capacidade para movimentar 60 milhões de toneladas por ano, como já foi mencionado, com a Bamin utilizando apenas 40% desse potencial. Os outros 60% da capacidade estarão disponíveis para outras mineradoras, agronegócio, e todos os demais setores que precisam escoar seus produtos e receber insumos, máquinas e implementos agrícolas.

“Quando estiverem concluídos, em 2026, a Fiol e o Porto Sul irão viabilizar o novo corredor de integração e exportação Oeste-Leste. Terminal de águas profundas, o Porto Sul poderá receber navios com capacidade de até 220 mil toneladas e é projetado para movimentar até 42 milhões de toneladas anuais. A Bamin utilizará 60% da capacidade operacional, disponibilizando 40% excedente para outras cargas, como do agronegócio e de outras mineradoras”, informou a empresa em nota.

“O novo corredor logístico gera expectativas de desenvolvimento, seja no âmbito federal — pelo que a Fiol representa em termos de fortalecimento do modal ferroviário e ganhos para o comércio exterior brasileiro —, seja no âmbito local, nos municípios que estão ao longo do traçado da nova ferrovia”, avaliou a companhia.

A Fiol ligará os municípios de Ilhéus, Uruçuca, Aiquara, Aureliano Leal, Ubaitaba, Gongogi, Itagibá, Itagi, Jequié, Manoel Vitorino, Mirante, Tanhaçu, Contendas do Sincorá, Brumado, Livramento de Nossa Senhora, Lagoa Real, Rio do Antônio, Ibiassucê e Caetité. “Ao longo da rota, a via férrea criará oportunidades para os produtores regionais, potencializando as cadeias produtivas existentes. Por onde a Fiol passar, será um corredor de oportunidades para novos negócios. Segundo o Ministério da Infraestrutura, a Fiol irá gerar 55 mil empregos diretos e indiretos e geração de renda”, informou a Bamin.

A Fiol foi planejada em três etapas. A Bamin possui a subconcessão do Trecho 1 desde setembro de 2021. Os trechos 2 e 3 estão sob administração do Governo Federal. A Fiol completa terá um total de 1.527 km, chegando ao Tocantins onde poderá ser conectada à Ferrovia Norte-Sul. O projeto do Trecho 2 vai de Caetité a Barreiras e o terceiro trecho vai até o município de Figueirópolis (TO).

O contrato da concessão da Ferrovia de Integração Oeste-Leste (Fiol 1) foi assinado em setembro do ano passado entre a Bamin e o Ministério da Infraestrutura (Minfra). Para concluir a ferrovia, o investimento da empresa será de R$ 3,3 bilhões, sendo R$ 1,6 bilhão em obras civis e R$ 1,7 bilhão em material rodante, como vagões e locomotivas. A subconcessão tem a duração de 35 anos, sendo cinco para construção e 30 anos para operação.

“Com a experiência do ERG, uma das maiores operadoras de transporte da Ásia Central, a Fiol será uma ferrovia moderna, de classe mundial. Terá velocidade máxima de 80 km/h, bitola de 1,6m, carga máxima de 32,5 t/eixo, inclinação máxima de 0,6% (exportação), trens com 130 vagões, 4,7 mil metros de pontes, 1,2 mil m de viadutos e 35 pátios de cruzamento no Trecho 1. Toda a experiência do Grupo em operação ferroviária já está sendo compartilhada com o Brasil, por meio da FIOL”, afirmou a Bamin.

No mundo, o ERG movimenta mais de 50 milhões de toneladas de cargas anualmente, utilizando 10 mil unidades próprias de transporte. O tamanho da frota exige uma capacidade de manutenção e reparo de 2.500 vagões por ano e mais de mil manutenções por ano em locomotivas. Com operações em 15 países, empregando mais de 75 mil pessoas, o Grupo ERG é uma das maiores empresas globais em mineração, metais e logística ferroviária.

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TAGS Bahia Ferrovia investimento mina