A medida de equilibrar os voos nos aeroportos visa recuperar o movimento de usuários no Galeão, que perdeu uma quantidade significativa de passageiros nos últimos anosCrédito: Tânia Rêgo/Agência Brasil
Região Sudeste
Prefeito do Rio aprova nova proposta para equilibrar voos nos aeroportos
Ministro avalia limitar a quantidade de voos no Santos Dumont em vez da quantidade de destinos
O prefeito da cidade do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PSD), aprovou a nova proposta de equilibrar os voos entre o aeroporto Santos Dumont e o aeroporto internacional do Galeão. A declaração foi dada nesta quarta-feira, 25, no Palácio do Planalto, em Brasília.
O ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, estuda limitar a quantidade de voos no Santos Dumont em vez da quantidade de destinos. Assim, o aeroporto receberia 6,5 milhões de passageiros por ano a partir de 2024.
“Eu concordo e a Prefeitura apoia essa medida que o ministro Silvio Costa está tomando. Ele está discutindo com o Tribunal de Contas da União (TCU), e se for essa a medida final, vai ter total respaldo e apoio da Prefeitura. Isso equilibra o jogo de aeroportos do Rio e, cá entre nós, não coloca em risco a população que se utiliza do Santos Dumont”, disse Eduardo Paes.
O plano será detalhado pelo Ministério de Portos e Aeroportos em 15 dias. A medida visa recuperar o movimento de usuários no Galeão que perdeu uma quantidade significativa de passageiros nos últimos anos.
O ex-ministro da pasta, Márcio França, assinou uma resolução limitando os voos que partem e pousam do Santos Dumont a um raio de 400 quilômetros. A mudança começou a ser feita no dia 1º de agosto, mas foi questionada no Conselho de Aviação Civil (Conac) pela prefeitura de Guarulhos, onde fica o aeroporto internacional de Guarulhos, que sofreria uma queda de passageiros com a medida.
De acordo com a RioGaleão, a limitação de voos no Santos Dumont já aumentou em 42% o numero de voos domésticos no Galeão. “Estamos buscando um entendimento entre o Santos Dumont e o Galeão para que possamos preservar a malha aérea nacional fortalecendo sobretudo a aviação regional”, afirmou Silvio Costa Filho na terça-feira, dia 24, no evento da Associação de Terminais Portuários Privados (ATP), em Brasília.
O Governo Federal também articula a possibilidade da permanência da Changi na administração do Galeão. Recentemente, o Ministério de Portos e Aeroportos recebeu uma carta de intenção da Changi de permanecer na administração do aeroporto.
A decisão também precisa ser validada pelo TCU devido a dívidas que a Changi possui com o estado. Em agosto, a corte aprovou uma medida permitindo que as administradoras desistam de devolver as concessões.