No Paraná, Mato Grosso do Sul e Goiás, a perda de umidade dos grãos ainda foi lenta e, por isso, a colheita deve avançar com mais rapidez nesta semana. (crédito: Jaelson Lucas/AEN)
Agronegócio
VLI inicia escoamento do milho da 2ª safra em 2022
Os vagões carregados estão saindo de Tocantins em direção ao Terminal Portuário de São Luís, localizado no Porto do Itaqui
A operadora logística VLI começou a transportar suas primeiras cargas de milho da segunda safra deste ano. Os vagões carregados estão saindo do Terminal Integrador de Palmeirante (TIPA), no Tocantins, por meio da ferrovia Norte-Sul, no Arco Norte, e seguem viagem até o Terminal Portuário de São Luís (TPSL), localizado no Porto do Itaqui, no Maranhão. De lá, o cereal é exportado para a Ásia e Europa.
O início do escoamento da produção de milho do Brasil por via férrea ajuda o setor a lidar com uma grande safra do cereal, que passa por desafios logísticos e de armazenagem.
Além disso, favorece o desenvolvimento da nova fronteira agrícola brasileira, ao oferecer possibilidades de captação e escoamento para as produções agrícolas da região de Matopiba, formada pelos estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia, responsável por 10% de toda a produção de grãos e fibras do país.
Em relação à safrinha do milho, a VLI afirmou em nota na última quinta-feira (23) que utiliza três corredores logísticos para dar vazão ao fluxo do produto. Além do Tramo-Norte da ferrovia Norte-Sul (FNS), a companhia é administradora dos corredores Centro-Sudeste e Centro-Leste da Ferrovia Centro-Atlântica (FCA).
Centro-Sul e Norte-Nordeste
A segunda safra de milho do Centro-Sul do Brasil em 2021/22, que está sendo colhida, foi estimada em um recorde de 80,3 milhões de toneladas pela consultoria de mercado AgRural. Seus especialistas reduziram a previsão em 600 mil toneladas na comparação com a estimativa divulgada em maio para a principal região produtora do País. O motivo foi a estiagem que atingiu os campos de plantio, explicaram os técnicos.
Em contrapartida, a AgRural aumentou a projeção para colheita total do país, considerando números mais elevados para o Norte e Nordeste levantados pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).
A produção total de milho no Brasil em 2021/22 agora está estimada em 113,8 milhões de toneladas, também uma máxima histórica, ante as 112,3 milhões da estimativa anterior, quando a previsão para a colheita do Norte e Nordeste era menor.
Segundo a empresa de consultoria, o tempo mais quente e seco da semana passada deu mais fôlego à colheita da safrinha de milho 2022, especialmente em Mato Grosso.
Já no Centro-Sul, o levantamento da companhia indicou que 20,3% da área cultivada na segunda safra estava colhida até a última quinta-feira (23), contra 11,4% uma semana atrás e 5,3% no mesmo período do ano passado.
No Paraná, Mato Grosso do Sul e Goiás, a perda de umidade dos grãos ainda foi lenta e, por isso, a colheita seguiu tímida. Sem chuva, os produtores preferiram esperar a umidade baixar para avançar com a colheita e evitar perdas. A expectativa é de que os trabalhos avancem com mais rapidez nesta semana.