De acordo com o índice IPCA, o valor das passagens aéreas subiu 23,7% em outubro na comparação com setembro e acumula alta de 37,17% nesses dois últimos mesesCrédito: Antônio Cruz/Agência Brasil
Nacional
Governo vai aguardar propostas para baratear passagens aéreas por mais 15 dias
Prazo inicial para as companhias apresentarem soluções se encerrou na sexta-feira, dia 24
O Governo Federal concedeu mais 15 dias para que as empresas aéreas apresentem uma proposta de redução nos preços das passagens aéreas. O prazo inicial para a apresentação das medidas era até sexta-feira, dia 24. Na última semana, o ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, se reuniu com os CEOs das companhias Voepass, Gol, Latam e Azul para discutir medidas que promovam o barateamento dos bilhetes.
O Executivo acredita que o valor das passagens aéreas deve refletir a queda nos preços do querosene de aviação (QAV) que representa cerca de 40% dos custos das companhias aéreas e de acordo com a Petrobras, no acumulado do ano, o combustível apresenta queda de 31,7%.
“Sabemos que o aumento das passagens é uma questão mundial. Na Europa e nos Estados Unidos, nós tivemos aumento nas passagens aéreas. O que nós não podemos aceitar e permitir são aumentos abusivos que têm prejudicado a população brasileira”, afirmou Silvio Costa Filho na ocasião.
Conforme mostrou o BE News, o preço das passagens aéreas está entre os 30 itens que mais encareceram em 2023, mas os dados também evidenciam que os preços são voláteis. As passagens aéreas subiram 23,7% em outubro na comparação com o mês de setembro e acumulam alta de 37,17% nesses dois últimos meses, mas em agosto o valor caiu em 11,69% após alta de 4,97% em julho. O levantamento foi divulgado pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).
“O Governo Federal, por meio do Ministério de Portos e Aeroportos (Mpor), entende que é fundamental que as companhias aéreas busquem alternativas para diminuir o preço das passagens no Brasil. O Ministério ressalta que segue empenhado para tornar o valor da passagem mais acessível ao povo brasileiro e, consequentemente, ampliar a aviação civil no país”, disse em nota a pasta.