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Segundo o presidente do Conselho do Centro-Oeste Export, existe um grande deficit no agro, pois o Brasil não tem capacidade para armazenar mais do que 65% da safra (crédito: Jim Witkowski/Unsplash)

Brasil Export

Armazenagem da produção agrícola em debate no Centro-Oeste Export

4 de julho de 2022 às 1:19
Vanessa Pimentel Enviar e-mail para o Autor

Tema é considerado de extrema importância porque o Brasil não tem capacidade de estocar toda a safra que produz. Fórum regional começa hoje em Campo Grande (MS), com transmissao ao vivo do Portal BE News

A safra de grãos 2021/2022 deve atingir 268,2 milhões de toneladas, um aumento de 5% em relação à safra anterior. Porém, não há onde guardar toda essa produção. Segundo levantamento da consultoria Cogo Inteligência em Agronegócio, há um déficit de armazenagem de 100 milhões de toneladas por safra. Essa diferença  e soluções para vencer esse gargalo logístico estão entre os temas que serão debatidos no fórum regional Centro-Oeste Export, que começa hoje e vai até amanhã, em Campo Grande (MS). 

O evento conta com visitas e painéis técnicos. As visitas vão ocorrer durante esta manhã e à tarde. Às 18 horas (horário local, 19 horas pelo horário de Brasília), haverá a solenidade de abertura. A programação técnica acontecerá amanhã, a partir das 8h30 (horário local, 9h30 pelo horário de Brasília). 

Tanto a solenidade como os painéis técnicos serão transmitidos ao vivo pelo Portal BE News www.portalbenews.com.br). 

O debate sobre a necessidade de se ampliar a capacidade de armazenagem para a produção agrícola é “de extrema importância”, uma vez que o País não conta com infraestrutura para atender toda essa demanda, destaca Edeon Vaz Ferreira, presidente do conselho do Centro-Oeste Export. 

“Nós temos um déficit muito grande no agro porque o País tem capacidade de armazenar somente 65% da safra. Em algumas regiões a capacidade de armazenamento é ainda menor, como no Pará, Piauí e Tocantins. É um problema que o Brasil precisa enfrentar”, explicou Edeon.

Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) destacam esse déficit. Segundo pesquisa de estoques feita pelo órgão, referente ao segundo semestre do ano passado e divulgada no último mês, o País tem uma capacidade de armazenamento de 183,3 milhões de toneladas, 1,5% a mais do que no primeiro semestre de 2021. A maior parte – 45,5 milhões de toneladas – está no Mato Grosso. Desse total, 59,1% são de instalações graneleiras e 34,2%, silos.  

O tema será discutido no Painel 3 de amanhã, que terá as participações de Edson Souki, gerente-geral da Granel Química/Odjfell Terminals; Elisangela Lopes, assessora técnica de Logística e Infraestrutura da Confederação Nacional da Agricultura (CNA); e José Pádua, gerente técnico da Federação da Agricultura e Pecuária do Mato Grosso do Sul (Famasul).

O primeiro debate técnico, programado para as 8h45 (horário local, 9h45 no horário de Brasília), vai tratar das alternativas logísticas para o desenvolvimento da região Centro-Oeste, assunto considerado fundamental pelo presidente do conselho do Centro-Oeste, Edeon Vaz Ferreira, pois mostrará os gargalos enfrentados localmente e as possíveis soluções que podem ser adotadas. 

“Esse painel vai nos possibilitar falar de outros estados, mas vamos focar no Mato Grosso do Sul e levantar questões como o Corredor Bioceânico e a Hidrovia do Paraguai”, explicou Ferreira. 

O Corredor Bioceânico é um projeto que prevê uma rota rodoviária saindo de Porto Murtinho, em Mato Grosso do Sul, passando por Paraguai e Argentina, até chegar aos portos do Chile, no Oceano Pacífico.  

O segundo painel trará a conexão do agronegócio com a infraestrutura portuária da região Nordeste. Edeon cita que existe uma ligação entre o Centro-Oeste e o Porto do Itaqui, no Maranhão, e o interesse em uma nova rota de escoamento de cargas, prevista para ocorrer via Porto de Suape, em Pernambuco. 

O quarto e último painel debaterá a distribuição de energia e a adoção de alternativas renováveis na indústria e no agronegócio. “O grande problema que nós temos no Centro-Oeste é a falta de eficiência na distribuição de energia elétrica, o que limita o desenvolvimento da indústria e do agronegócio”, explicou o conselheiro. 

Pensando no futuro, serão apresentadas pelos palestrantes soluções que usam energia renovável, como a eólica e a solar. 

 

Programação

Centro-Oeste Export 2022

Dias 4 e 5 de julho, Campo Grande/MS

Hotel Deville Prime – Av. Mato Grosso, 4250, Carandá Bosque

Dia 4 | Segunda-feira

ATENÇÃO: HORÁRIOS DE CAMPO GRANDE (Horário em Brasília: + 1 hora)

8h (MS)/9h (Brasília) – Saída do Hotel Deville Prime

8h30 (MS)/9h30 (Brasília) – Visita ao Palácio do Governo de Mato Grosso do Sul, recepção pelo governador Reinaldo Azambuja

11h (MS)/12h (Brasília) – Visita à sede do Sebrae Mato Grosso do Sul em Campo Grande

12h30 (MS)/13h30 (Brasília) – Almoço

14h (MS)/19h (Brasília) – Visita técnica ao frigorífico da JBS em Campo Grande (vagas já preenchidas) e à sede do Sest Senat (segundo grupo)

18h (MS)/19h (Brasília) – Solenidade de Abertura com participação de autoridades, entre elas:

– senador Nelsinho Trad

– deputado estadual Felipe Orro

– secretário de Clima e RI do Ministério do Meio Ambiente, Marcelo Donnini Freire (online)

Dia 5 | Terça-feira

8h30 (MS)/9h30 (Brasília) – Abertura da programação técnica Palavras do presidente do Conselho Nacional do Brasil Export, José Roberto Campos, e do presidente do Conselho do Centro-Oeste Export, Edeon Vaz Ferreira

8h45 (MS)/9h45 (Brasília) – Painel 1: Alternativas logísticas para o desenvolvimento da região Centro-Oeste

Apresentação: Marcelo Sammarco, presidente do Conselho do Sudeste Export

Moderação: Denimarcio Borges, secretário de Desenvolvimento Econômico Sustentável e Turismo na Prefeitura de Rio Verde

Debatedores:

– Adalberto Tokarski, conselheiro Nacional do Brasil Export e ex-Diretor da Antaq

– Marcella Cunha, diretora-executiva da Associação Brasileira de Operadores Logísticos (ABOL)

– Marcelo Saraiva, presidente da Brado Logística

– João Carlos Parkinson de Castro, ministro da carreira diplomática do Ministério das Relações Exteriores

10h15 (MS)/11h15 (Brasília) – Coffee-break

10h30 (MS)/11h30 (Brasília) – Painel 2: Conexão do agronegócio com a infraestrutura portuária da região Nordeste

Apresentação: Aluisio Sobreira, presidente do Conselho do Nordeste Export

Debatedores:

– Edeon Vaz Ferreira, diretor executivo do Movimento Pró Logística e Presidente do Conselho do Centro-Oeste Export

– Manoel Ferreira, diretor da Agemar Infraestrutura e Logística

– Mario Jorge Cavalcanti, diretor comercial da Companhia Docas do Ceará

12h (MS)/13h (Brasília) – Almoço

14h (MS)/15h (Brasília) – Painel 3: Armazenagem de cargas: desafios e soluções

Apresentação: Everaldo Fiatkoski, conselheiro do Centro-Oeste Export

Moderação: Ricardo Molitzas, presidente do Conselho do Santos Export

Debatedores

– Edson Souki, gerente-geral da Granel Química/Odjfell Terminals

– Elisangela Lopes, assessora técnica de Logística e Infraestrutura da Confederação Nacional da Agricultura (CNA)

– José Pádua, gerente técnico da Federação da Agricultura e Pecuária do Mato Grosso do Sul (Famasul)

15h30 (MS)/16h30 (Brasília) – Coffee-break

15h45 (MS)/16h45 (Brasília) – Painel 4: Distribuição de energia e a adoção de alternativas renováveis na indústria e no agronegócio

Debatedores

– Marcio Cota, executivo de Negócios e Energia e Celulose da Eldorado Brasil

– Daniel Furlan, executivo de Economia da ABIOVE

– Jorge Lima, sócio e vice-presidente de Estratégias e Negócios do Grupo H e Presidente do Conselho Internacional do Brasil Export

– Adolfo Sachsida, ministro de Minas e Energia (a confirmar)

18h15 (MS)/19h15 (Brasília) – Leitura da Carta do Centro-Oeste Export 2022 e anúncio da sede do fórum regional em 2023

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