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O presidente da Fips, João Almeida, prevê que a movimentação ferroviária no Porto de Santos passe das atuais 51 milhões de toneladas para 94 milhões dentro de cinco anos Crédito: Cássio Lyra/BE News

Nacional

Fips atualiza obras prioritárias e prevê alta de 83% da capacidade ferroviária

6 de dezembro de 2023 às 9:06
Cássio Lyra Enviar e-mail para o Autor

Presidente João Almeida revelou que três obras das contrapartidas já estão em andamento

O presidente e diretor de operações da Ferrovia Interna no Porto de Santos (Fips) participou de um evento em Santos (SP), no qual apresentou e atualizou o plano de ações de que a cessionária responsável pela malha ferroviária do cais santista é responsável. Segundo João Almeida, a Fips tem a missão de ampliar a capacidade ferroviária no Porto de Santos em 83% nos próximos cinco anos, visando atender a demanda prevista de volume de cargas pelo modal.

Além do presidente, todo o corpo técnico da Fips esteve presente no GBM Day, evento promovido pela GBM, empresa de tecnologia e consultoria de logística, realizado na terça-feira (5), no Hotel Sheraton, em Santos.

Junto com João Almeida, o diretor de operações da Fips, Edison Citelli, afirmou que as operações ferroviárias dentro do Porto de Santos atualmente estão chegando ao seu limite. O principal desafio se mostra ser aumentar essa capacidade.

“Vamos fechar 2023 com a movimentação de 51 milhões de toneladas. O desafio é criar capacidade nos próximos cinco anos de 51 para 94 milhões. Estamos falando em crescer 83%. Se não bastasse o desafio de crescer, a gente tem que executar obras, fazendo sempre com que a produção cresça”, comentou Citelli.

Ao BE News, João Almeida classificou o crescimento de 83% como um salto gigantesco e disse que a empresa sabe da ciência e importância da conclusão das obrigações previstas no contrato com a Autoridade Portuária de Santos (APS).

“Todos os incrementos de obras, modificações operacionais que estamos fazendo, é olhar para 2028 e pular para uma capacidade de 94 milhões de toneladas. É quase o dobro. As obras que as ferrovias estão realizando serra acima vão conseguir trazer um volume muito maior em um curto espaço de tempo. Então, se não estivermos preparados para receber esse volume novo que chegará, isso pode tornar Santos um gargalo, e isso não podemos deixar acontecer de jeito nenhum”, comentou.

Atualização

De acordo com a empresa, três obras de responsabilidade da Fips já se encontram em execução, sendo elas o pátio do bairro Macuco, para atender o cluster de celulose na margem direita do porto; ampliação do pátio de Conceiçãozinha na margem esquerda; e a construção da pera ferroviária na margem direita. Segundo Citelli, quatro projetos estão em estudos de engenharia, dois em planejamento e quatro seguem em análise com o corpo técnico.

“Entregamos o cronograma das obrigações para a Autoridade Portuária dentro do prazo contratual e estamos aguardando o retorno para fazer um alinhamento final de como será daqui para frente. A obra do Macuco está em andamento, que são as três linhas para atender terminais de celulose. A pera, nós começamos com um ponto mais sensível para não impactar as operações. Começamos a obra por um reforço e a troca de um pontilhão ferroviário bem na entrada da pera. Ela é sensível no ponto de vista de que é preciso interditar o trecho e isso não se podia fazer no período de safra. Com o final do período, pudemos nos organizar sem comprometer as operações”, comentou.

Almeida ainda comentou sobre a possibilidade de o novo viaduto na entrada do Porto de Santos ser viabilizado pela Ecovias, concessionária do Sistema Anchieta-Imigrantes (SAI). “Houve uma reunião desse assunto, mas a coisa não andou. Vemos com bons olhos e estamos discutindo as possibilidades”, analisou.

GBM Day

A GBM, que atua em oito estados brasileiros, para serviços de tecnologia e consultoria logística, realizou o evento para que empresas, principalmente voltadas para a movimentação de grãos e que atuam no agronegócio.

“Um evento como esse é importante porque discutimos modelos de tecnologias que possam aumentar a modernidade no Porto de Santos. A tecnologia é um dos pilares de aumento na movimentação de cargas e o objetivo é utilizar cada vez mais, para que a gente consiga automatizar processos e acelerar pontes no setor”, comentou o CEO da GBM, Guilherme Macário.

O evento contou com a participação de terminais como a ADM, CLI, além das concessionárias Rumo e MRS, e da Autoridade Portuária de Santos.

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TAGS 51 milhões de toneladas João Almeida operações da Ferrovia PORTO DE SANTOS