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Rodovias
Transporte rodoviário de carga encarece 10,9%, diz NTC e Logística
O custo do transporte rodoviário de carga aumentou 10,9% em junho, segundo a Associação Nacional do Transporte de Cargas e Logística (NTC & Logística). Os reajustes salarial e no preço do diesel levaram ao aumento de custos, de acordo com a associação.
Em comunicado divulgado na quinta-feira, a NTC & Logística informou que os dois últimos reajustes no preço do diesel representaram um acréscimo de 8,5% aos transportadores de carga. Já a correção salarial após o dissídio da categoria impactou em mais 2,4%. A soma dos dois custos resulta em 10,9% de aumento nas despesas do transporte rodoviário de carga. “Levando-se em consideração que os dois primeiros reajustes do ano já devem ter sido repassados, verifica-se que o acumulado dos últimos dois aumentos atinge em 24,4% (14,26% sobre 8,87%) os transportadores rodoviários de carga e os impacta em 8,5% (35% em média sobre% 24,4%)”, apontou a entidade em seu comunicado.
Quanto ao reajuste salarial, a associação informou que “além dos aumentos do diesel que o setor enfrenta, no mês de junho, o segundo maior custo do TRC ocorreu após o dissídio da categoria. O reajuste salarial médio ficou em 12,0% e como este custo representa em média 20%, o seu impacto no setor ficou em torno dos 2,4% (20% sobre 12,0%)”.
“Assim, sem considerarmos a subida dos demais de custos, como o dos veículos, pneus, manutenção etc., somente estes dois representam para o TRC um crescimento de 10,9%”, informou a associação.
O último reajuste no preço do diesel nas refinarias, de 8,87%, foi anunciado pela Petrobras no dia 17 — o quarto do ano — e entrou em vigor no dia seguinte.
De acordo com a entidade representativa do setor, o impacto nos custos foi calculado com base em que o setor empresarial do transporte rodoviário de carga, em sua maioria, compra o combustível diretamente das distribuidoras através de contratos firmados. Nesse caso, os repasses têm como base os reajustes nas refinarias.
A NTC & Logística emitiu o comunicado para alertar a cadeia de logística e transportes sobre a necessidade de repasse do aumento, pois, segundo aponta, “um setor onde, em condições normais de mercado, o lucro gira na casa de 5%, não tem possibilidade de absorver este impacto sem repassá-lo. Mais uma vez, alertamos aos transportadores e aos embarcadores que acertem o mais rápido possível o repasse destes valores que, infelizmente, são muitos e altos, para que seja mantido o equilíbrio do mercado do transporte rodoviário de carga”.