O diretor-presidente do Porto de Suape, Marcio Guiot, explicou que o objetivo do complexo é se posicionar como plataforma de produção e exportação de H2V e derivados. A estratégia não considera somente o projeto de exportação de hidrogênio verde, mas também desenvolver as indústrias do porto e de todo o estado/Divulgação
Região Nordeste
Assinado memorando para produção de hidrogênio verde no Porto de Suape
Empresa se propõe a ajudar o complexo a se posicionar como plataforma produtora de H2V
A Voltalia assinou um Memorando de Entendimento com o Governo de Pernambuco e o Complexo Industrial Portuário de Suape na última quarta-feira (13) para cooperação em um projeto de produção de hidrogênio verde (H2V) e derivados, como amônia verde e e-metanol, em áreas próximas ao porto.
Segundo o grupo, o foco está nas oportunidades de consumo do mercado interno e no atendimento a demandas de compradores internacionais.
A Voltalia é uma das fundadoras da Associação Brasileira da Indústria do Hidrogênio Verde (ABIHV), que reúne empresas dos setores de energia, tecnologia e agronegócios com interesse no desenvolvimento do mercado de hidrogênio no país. A empresa tem 1,4 gigawatts (GW) de potência instalada em plantas solares e eólicas no Brasil e 7 GW de projetos em desenvolvimento, a maior parte deles no Nordeste.
O diretor-presidente do Porto de Suape, Marcio Guiot, explicou que o objetivo do complexo é se posicionar como plataforma de produção e exportação de H2V e derivados. A estratégia não considera somente o projeto de exportação de hidrogênio verde, mas também desenvolver as indústrias do porto e de todo o estado.
O Porto de Suape, próximo à capital Recife, é um dos protagonistas nos planos do estado para atrair investimentos com o carimbo da transição energética.
Pernambuco aposta na demanda por combustíveis sintéticos nas rotas europeias que passam pelo porto, na produção local de biomassa de etanol e no aumento da oferta de gás natural, para encontrar novas cadeias industriais.
O CEO da Voltalia, Robert Klein, afirma que a empresa será importante para as intenções do estado e de todo o mercado de hidrogênio verde do país, colocando o H2V como um importante intermediário na transição energética.
“O fato de o consumo de energia representar mais de 60% dos custos de produção do hidrogênio verde coloca a Voltalia, um dos principais players na geração de energias renováveis, em uma posição estratégica como forte competidora no emergente mercado brasileiro de hidrogênio verde. A nossa empresa aposta no H2V como vetor estratégico para acelerar a transição energética”, declarou.