Os operadores portuários têm, na opinião do presidente do Sopesp, Régis Prunzel, uma grande parcela de contribuição no bom resultado registrado na balança comercialCrédito: Divulgação
Região Sudeste
Sopesp completa 30 anos modernizando operações e reivindicando melhores acessos
Presidente do sindicato de operadores portuários de São Paulo fez um balanço dos desafios que tem pela frente
O Sindicato dos Operadores Portuários do Estado de São Paulo (Sopesp) celebra 30 anos de existência neste dia 22 de dezembro exercendo protagonismo nas esferas regional e nacional e desenvolvendo um trabalho para acelerar e modernizar processos relacionados ao setor que representa. O Porto de Santos, principal complexo marítimo do País, segue registrando recordes apesar das incertezas econômicas e do atribulado panorama geopolítico internacional.
Segundo o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, o superávit acumulado pela balança comercial de 2023 é de US$ 89,285 bilhões, o maior resultado para o período desde o começo da série histórica, iniciada em 1989. São Paulo é o estado que apresenta a maior participação nas transações comerciais com o exterior (54,6%), grande parte vibilizada por meio do porto santista.
Os operadores portuários, aponta o presidente do Sopesp, Regis Prunzel, têm fundamental papel neste saldo positivo, desempenhando com eficiência e segurança a movimentação de cargas e pessoas. “O setor trabalhou incansavelmente para que as operações, tanto em Santos e Guarujá, quanto em São Sebastião, os dois portos do estado, fossem eficientes. Atingimos o objetivo, e os números estão aí para comprovar. Ficamos felizes, pois é fruto, também, do diálogo que mantemos com trabalhadores, categorias empresariais e governantes”.
Ele destaca, ainda, que toda a interlocução do sindicato corrobora para que a economia do Brasil cresça. “Pelos portos do estado passa grande parte da riqueza gerada pela nação. Então, é fundamental que os portos paulistas cresçam, e isso só acontece se, juntos, buscarmos o desenvolvimento para maior fluidez. Seguimos atentos às novidades do mercado, agindo para que 2024 seja um ano ainda melhor”.
O Sopesp também vem pressionando o Poder Público para que os acessos terrestres ao complexo santista sejam aperfeiçoados. Um primeiro passo neste sentido foi dado com a modelagem inovadora da Ferrovia Interna do Porto de Santos (Fips), operada em conjunto por Rumo, VLI e MRS com o compromisso de garantir a manutenção e a expansão da infraestrutura ferroviária. O sindicato agora concentra esforços na reivindicação para criação de uma nova ligação entre o Planalto e a Baixada Santista.
“Uma coisa é clara: está mais do que na hora de termos uma terceira pista no Sistema Anchieta-Imigrantes. O formato atual está saturado, impedindo maior fluidez. Isto compromete a movimentação, já que impede que as cargas cheguem e saiam com mais velocidade. Trata-se de um assunto urgente, o que nos fez seguir dialogando com as autoridades, buscando, finalmente, uma solução”.
Na esfera trabalhista, o Sopesp assinou, em setembro deste ano, a Convenção Coletiva de Trabalho 2023/2024 com o Sindicato dos Trabalhadores de Bloco dos Portos de Santos, São Vicente, Guarujá, Cubatão e São Sebastião. Entre os principais pontos acordados, estão a abertura de 30 vagas no cadastro do Ogmo Santos para ingresso de novos trabalhadores da categoria de bloco e a regulamentação de critérios para contratação de trabalhadores a vínculo. Havia 16 anos que um acordo assim não era firmado.