As empresas Bunker One e Acelen se preparam para contabilizar, até o fim deste mês, a meta de 50 cargueiros e petroleiros atendidos pela operação em apenas três mesesCrédito: Divulgação/Bunker One
Região Nordeste
Abastecimento em área de fundeio no Itaqui deve crescer 50% em 2024
Operação realizada no Maranhão é inédita no Brasil, fruto de parceria entre duas empresas do ramo
O abastecimento de navios na área de fundeio da Baía de São Marcos (MA), no Porto do Itaqui, iniciada em outubro deste ano, deve crescer entre 40% e 50% em 2024.
A estimativa é das empresas Bunker One e Acelen, que fecharam parceria para iniciar a operação no Brasil e se preparam para contabilizar, até o fim deste mês, a meta de 50 cargueiros e petroleiros atendidos pela operação em apenas três meses.
Na negociação, a Bunker One comercializa os combustíveis marítimos (bunker) e a Acelen produz os combustíveis.
Até o momento, esta é a única operação de fornecimento de bunker (combustível marítimo) em ancoragem externa do Brasil, o que otimiza o tempo de espera dos navios com redução de custos e taxas portuárias, além de não interferir nas operações de carga e descarga dos terminais.
As empresas também informaram que a opção de abastecimento na Baía de São Marcos acabou atraindo navios que não tinham escala programada, mas passaram a planejar paradas na região exclusivamente pelo abastecimento.
“Nossa parceria com a Acelen proporcionou a cobertura de uma área geográfica estratégica e com uma forma única de atuação. Estamos certos de que a demanda de abastecimento na região vai crescer de forma significativa no ano que vem”, disse Flavio Ribeiro, CEO da Bunker One Brasil.
“É importante destacar que a operação segue em regime permanente e em ascensão. Hoje, 15% de nossa produção está destinada para a Bunker One Brasil, e estamos buscando dobrar esse número”, afirmou Cristiano da Costa, vice-presidente Comercial, Trading e Shipping da Acelen.
Lidia Pfueger, presidente do Sindicato das Agências de Navegação Marítima do Estado do Maranhão (Syngamar), avaliou que nestes três primeiros meses de operação, já foi possível sentir mudanças positivas no entorno.
“A atividade portuária aumentou, trouxe novos negócios para as empresas que atuam no local, como agências marítimas e prestadoras de serviços, e gerou mais empregos. Percebemos que o número de contratações foi maior que nos últimos anos”, garantiu.