Segundo Silvio Costa Filho, além dos 2,5 milhões de CPFs que nunca voaram, 20,8 milhões de aposentados do INSS e 600 mil estudantes do Prouni estarão aptos ao Voa BrasilCrédito: Marcelo Camargo/Agência Brasil
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Transporte aéreo vai ganhar 2,5 milhões de usuários com o Voa Brasil
Segundo Silvio Costa Filho, o programa que irá oferecer passagens a R$ 200 deverá ser anunciado oficialmente até a primeira semana de fevereiro
O programa “Voa Brasil” vai oferecer a oportunidade de voar a 2,5 milhões de brasileiros. A estimativa foi repassada à imprensa pelo ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, após uma reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Palácio do Planalto.
O encontro de terça-feira, dia 9, foi para alinhar os planos da pasta com o presidente Lula, segundo Silvio Costa Filho. De acordo com o ministro, o anúncio formal do programa deve acontecer entre a última semana de janeiro e a primeira semana de fevereiro.
“Fizemos a validação com o presidente Lula e a gente espera que ele anuncie o programa até fim de janeiro ou, no mais tardar, começo de fevereiro”, disse o ministro.
O programa vai oferecer passagens a R$ 200 para aposentados do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) e estudantes bolsistas do Programa Universidade para Todos (Prouni). A ideia é que, inicialmente, o Voa Brasil ofereça bilhetes aéreos de baixo custo a quem nunca voou. Os candidatos ao benefício também devem ter renda de até dois salários mínimos nos últimos 12 meses.
De acordo com o ministro, além dos 2,5 milhões de CPFs que nunca voaram, 20,8 milhões de aposentados do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) e 600 mil estudantes do Prouni também estarão aptos ao benefício.
“O presidente Lula vai anunciar a quantidade de passagens que serão disponibilizadas, para não ser um programa solto. Tem que ser um programa que tenha começo, meio e fim”.
Costa Filho informou que está tentando viabilizar o programa através do diálogo com os CEOs das principais empresas aéreas que operam no Brasil. São elas a Latam, Gol e Azul. Ele considerou que o diálogo com as instituições está “alinhado”.
Preços
Silvio Costa Filho também reafirmou que o preço das passagens aéreas preocupa o governo, mas que não pode impor uma diminuição dos valores para as companhias aéreas. Segundo ele, preços mais acessíveis estão sendo trabalhados através do “diálogo” com as empresas.
“A gente sabe que, pelo livre mercado, nós não podemos fazer nenhuma imposição às aéreas. O que a gente tem feito é diálogo. […] A gente vai trabalhar para que, sobretudo para as passagens aéreas em trechos mais caros, de R$ 2 mil, R$ 3 mil reais, a gente possa fazer um trabalho de sensibilização”, afirmou.