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A obra no porto está sob responsabilidade da Carioca Engenharia, que utiliza uma nova metodologia com formas em painéis metálicos móveis produzidos no canteiroCrédito: Divulgação/Carioca Engenharia

Região Sudeste

Primeira etapa de concretagem visando expansão é concluída no Porto do Rio de Janeiro

Atualizado em: 12 de janeiro de 2024 às 9:31
Cássio Lyra Enviar e-mail para o Autor

Depois de 100% concluída, a obra vai aumentar em quase 6 mil metros quadrados a área do cais

A primeira etapa dos serviços de concretagem do Porto do Rio de Janeiro foi concluída nesta semana. Os trabalhos fazem parte do projeto de expansão do Complexo Portuário. A obra está sob responsabilidade da Carioca Engenharia, que utiliza uma nova metodologia com formas em painéis metálicos móveis produzidos no canteiro de obras.

Cada etapa contempla, em média, 380 m³ de concreto 40 MPa e estão previstas um total de 12 fases como esta até o primeiro trimestre de 2024.

De acordo com a empresa, depois de 100% concluída, a obra vai aumentar em quase 6 mil metros quadrados a área do cais do Rio de Janeiro expandindo a capacidade operacional no fluxo de navios e a movimentação e estocagem de containers para importação e exportação de materiais e produtos na cidade.

“Para esta obra, conseguimos viabilizar a utilização de uma forma metálica para concretos in loco, ao contrário do que normalmente é desenvolvido em todas as obras de Engenharia do Brasil. Estamos falando de uma obra disruptiva e que vai deixar um legado para os nossos próximos projetos”, comentou Gustavo Maschietto, diretor de Engenharia da empresa.

Um dos diferenciais trazidos pela Carioca é o uso de novas ferramentas para a fundação das bases de portos e pontes em áreas de grande profundidade. As peculiaridades do terreno no subleito marítimo ou mesmo em terra firme, aliadas às demais características da área, tornaram necessária a introdução de outras técnicas, na fase de fundação, para a colocação das estacas tubulares metálicas ou pré-moldadas de concreto com até 60 metros de comprimento.

A empresa conta com um bate-estacas flutuante próprio, conhecido como Ramlift. Um equipamento gigante de cerca de 45m de comprimento, 17m de largura e mais de 50m de altura da torre. Sua energia de cravação é de mais de 20 toneladas-metro, dotado de martelos hidráulicos ou pneumáticos à vapor ou ar comprimido.

Um ganho incorporado pelo Ramlift é o tempo gasto para a fundação da estaca, que passou a ser feito em poucas horas contando com um sistema de geoposicionamento por satélites (GNSS) de última geração. Um equipamento convencional demora um dia ou mais para concluir uma estaca metálica.

O executivo da Carioca destacou a utilização em escala cada vez maior do uso do georreferenciamento nas obras. A técnica dispõe de uma metodologia tradicional a uma gestão mais rápida de todas as etapas da obra, permitindo por exemplo, o trabalho noturno, praticamente duplicando a produção diária.

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