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Comissário de Comércio da União Europeia, Valdis Dombrovskis (Foto: Reuters)

Internacional

Crise no Mar Vermelho: tráfego caiu 22% na região, afirma UE

Atualizado em: 24 de janeiro de 2024 às 16:57
Paulo José Ribeiro Enviar e-mail para o Autor

Queda tende a continuar, segundo comissário de Comércio da União Europeia

O comissário de Comércio da União Europeia (UE), Valdis Dombrovskis, afirmou que o tráfego de navios no Mar Vermelho teve uma queda de 22% em um mês. A derrocada acontece em meio a ataques do grupo rebelde houthi

Dombrovskis declarou que a UE é uma “potência comercial” e ressaltou a liberdade de navegação na região como uma necessidade para a economia global. “Entre 25 e 30% dos contêineres mundiais passam pelo Mar Vermelho e este mês vimos uma diminuição de 22% no tráfego. Nós exportamos serviços no valor de 3,1 trilhões de euros e importações de 2,8 trilhões”, destacou o político da Letônia, que também é vice-presidente executivo da Comissão Europeia.

O político acrescentou que o aumento dos impactos das ações dos houthis na região vai depender da duração da crise. “Neste momento não há impactos visíveis nos preços da energia, nem nos preços dos bens, mas já estamos a ver efeitos no preço dos transportes”, concluiu, enfatizando que este é um “fator de risco”. 

E a queda tende a aumentar, segundo Dombrovskis, já que companhias de logística estão fazendo os percursos ao redor do continente africano. Ele ainda disse que a Comissão está monitorando a situação de perto.

Crise

Embarcações que passam pela região sul do Mar Vermelho, próximo à costa iemenita, têm sido alvos dos rebeldes houthis desde novembro. O grupo afirma que os ataque são uma reação às ofensivas de Israel contra o Hamas e os bombardeamentos do país na Faixa de Gaza. 

No último dia 12 de janeiro, a Marinha dos EUA e empresas de navegação e marinha mercante emitiram alertas para que navios evitem a região sul do Mar Vermelho, próximo à costa iemenita. 

A intensificação das agressões no último mês preocupam as grandes potências globais. Os ataques têm afetado o comércio ao redor do mundo, alterando a rota de navios em milhares de milhas náuticas pela costa da África. Além de perturbar as cadeias de abastecimento, há receios de que os ataques possam tornar mais difícil a manutenção do controle da inflação internacional. 

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