Aeroporto de Belo Horizonte tem melhor avaliação entre terminais privados, segundo ANAC

No total, 12 aeroportos foram analisados; índice serve como base para o reajuste tarifário anual

A Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) divulgou o índice que monitora a qualidade dos serviços oferecidos nos aeroportos concedidos à iniciativa privada no Brasil. O Aeroporto de Confins (MG) obteve o melhor desempenho (2%), enquanto o Aeroporto de Guarulhos (SP) teve o menor (0,5%).

A agência fiscaliza diversos aspectos nos principais aeroportos brasileiros, incluindo conforto térmico, elevador, escada rolante, tempo em fila de inspeção, restituição de bagagem, limpeza, custo-benefício dos restaurantes, acesso à informação e acesso aos terminais. Esses indicadores de Serviço (IQS) são utilizados para avaliar se os aeroportos concedidos à iniciativa privada oferecem serviços adequados aos passageiros.

O reajuste anual das tarifas nos aeroportos é determinado pelo Fator Q, que foi criado para avaliar o desempenho dos administradores. Esse fator é calculado com base na análise do cumprimento do reajuste tarifário anual aprovado pela Agência para os aeroportos concedidos.

O Fator Q serve como um indicador de qualidade dos serviços prestados e é derivado da avaliação do Índice de Qualidade de Serviço (IQS). Sua escala varia de -7,5% a 2%, significando que aeroportos com desempenho abaixo do padrão recebem descontos de até -7,5%, enquanto os que têm um bom desempenho recebem até 2%.

Entre a lista de aeroportos avaliados juntamente com seus respectivos Fatores Q, estão:

Belo Horizonte – 1,9954%
Curitiba – 1,9783%
Galeão – 1,9383%
Florianópolis – 1,8000%
Fortaleza – 1,8000%
Salvador – 1,8000%
Brasília – 1,7599%
Porto Alegre – 1,6000%
Recife – 1,5442%
Natal – 1,4667%
Campinas – 1,1536%
Guarulhos – 0,4748%

Atualmente, a análise do Fator Q é realizada atualmente em 12 aeroportos concedidos, conforme estipulado nos contratos de concessão. Um Fator Q positivo não garante que todos os indicadores estejam em conformidade com o padrão contratual. O desempenho abaixo do padrão estabelecido pela ANAC pode resultar em penalidades, como a redução do valor máximo de tarifas e multas, de acordo com os contratos de concessão.

A avaliação utiliza três métodos: pesquisa de satisfação, dados de movimentação aeroportuária e informações fornecidas pelas concessionárias, incluindo tempo de espera em filas e disponibilidade de equipamentos. O índice é calculado anualmente, e a última medição, realizada em 2023, indicou resultados positivos em todos os aeroportos.