Concessionárias são autorizadas a assumir gestão dos lotes 1 e 2 das rodovias do PR

Trechos serão administrados pelos próximos 30 anos pelas empresas, que prometem investir ao todo R$ 30,4 bilhões

O Governo Federal promoveu na terça-feira, dia 30, em Brasília, a cerimônia de assinatura dos contratos que autorizam a concessão dos lotes 1 e 2 de rodovias do Paraná à iniciativa privada. O evento contou com as presenças do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), do ministro dos Transportes, Renan Filho, e do governador do Paraná, Ratinho Júnior (PSD).

O leilão das rodovias aconteceu em 2023. A partir da assinatura dos contratos, o Grupo Pátria — que arrematou o lote 1 e usará a marca Via Araucária — e a empresa EPR Litoral Pioneiro — que venceu o certame do lote 2 — têm até 30 dias para assumir a gestão das concessões. Os 19 trechos federais e estaduais abrangem cerca de mil quilômetros e beneficiam os moradores de 41 municípios, segundo o Ministério dos Transportes.

“É um novo momento para a infraestrutura de transportes do Paraná. Somos a ligação do Sul com o Sudeste e com o Centro-Oeste, fazemos fronteira com a Argentina e o Paraguai, por isso queremos transformar o estado em uma central logística. Com as intervenções previstas na concessão, poderemos aumentar a capacidade de carga, trazendo mais segurança para o usuário, menos risco de acidentes, mais conforto para o caminhoneiro. Esse é um projeto extremamente inovador e que certamente contribuirá com as próximas concessões que o Brasil virá a fazer”, avaliou o governador Ratinho Júnior.

Os trechos serão administrados pelos próximos 30 anos pelas concessionárias. O investimento privado nos blocos é estimado em R$ 30,4 bilhões.

“Serão cerca de R$ 19 bilhões somente em investimentos nas estradas paranaenses, que representam obras estruturantes e transformadoras para toda a região. Essas concessões também inauguram a entrada de recursos de fundos soberanos para projetos de infraestrutura rodoviária no Brasil”, ressaltou Renan Filho.

De acordo com o ministro Renan Filho, outros nove leilões estão programados, mas a sua intenção é fechar 12 ou 13 concessões neste ano de 2024.

“Eu estou com a ideia de fazer 12 ou 13 leilões de infraestrutura neste ano. O Brasil fez apenas um leilão por ano, ao longo dos últimos 25 anos. Temos já nove leilões na agenda e esperamos fazer mais. Santa Catarina, Goiás, Mato Grosso do Sul e Tocantins devem seguir modelos semelhantes ao do Paraná”, completou Renan Filho.