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Nos 12 meses do ano passado, o corredor hidroviário foi responsável pelo transporte de 2,4 milhões de toneladas, superando a marca de 2022, de 1,1 milhão de toneladas (Crédito: Divulgação/Governo de São Paulo)

Região Sudeste

Hidrovia Tietê-Paraná registra crescimento de 120,7% na movimentação de cargas

Atualizado em: 13 de fevereiro de 2024 às 9:36
Cássio Lyra Enviar e-mail para o Autor

Dados de 2023 foram divulgados pela Secretaria de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística

A hidrovia Tietê-Paraná registrou um crescimento de mais de 120% na movimentação total de cargas em 2023. Nos 12 meses do ano passado, o corredor hidroviário foi responsável pelo transporte de 2,4 milhões de toneladas, superando a marca de 2022, de 1,1 milhão de toneladas.

Os dados foram divulgados na última semana pela Secretaria Estadual de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística (Semil) de São Paulo.

De acordo com o Governo de São Paulo, os expressivos números registrados em 2023 tiveram como resultado a crescente movimentação da soja. Por exemplo, somente no 1º semestre do ano passado, a hidrovia já havia batido o recorde de aumento de 76% na movimentação fluvial de cargas.

Em sua extensão, a Hidrovia Tietê-Paraná atende, sobretudo, ao transporte da produção agrícola e possui 30 terminais intermodais para carga e descarga de produtos, responsável por conectar os estados de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Paraná, Minas Gerais, Goiás e São Paulo.

Dentre as commodities mais transportadas, a soja representou 41% das cargas, equivalente a 990 mil toneladas do grão. Em segundo aparece o milho, com 682 mil toneladas e, em terceiro lugar, a cana-de-açúcar e derivados, com 584,4 mil toneladas. O transporte de passageiros registrou mais de 85 mil pessoas.

“Trata-se de um eixo importante para esse modal, e estratégico para a economia de São Paulo. O governo tem atuado para ampliar ainda mais o papel da hidrovia no escoamento da produção do Estado”, afirma a secretária Natália Resende em alusão à obra de aprofundamento do canal de Nova Avanhandava, um projeto antigo que foi retomado pelo governo paulista.

Obra

As obras vêm sendo executadas por meio de uma complexa operação com remoção de 19 a 21 mil metros cúbicos de rochas por mês. Ao todo serão removidos 552 mil metros cúbicos de rochas ao todo – volume equivalente ao de 600 piscinas olímpicas -, com detonações subaquáticas de rochas para aumento do calado no canal, em Buritama, o que permitirá a navegabilidade na hidrovia mesmo em períodos de estiagem.

Desta forma, 2,57% das obras já foram executados, e a previsão é que até abril de 2026 todo o trecho de Nova Avanhandava esteja completamente ampliado, com um um investimento de R$ 293,7 milhões que garante o aumento da profundidade do canal de navegação no reservatório de Três Irmãos, ao longo de 16 km.

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