De acordo com informações iniciais, o prático que guiava o navio teria saído da rota e acabou atolando devido à maré baixa, numa região com muitas rochas e bancos de areia (Foto: Divulgação)
Região Nordeste
Navio continua encalhado no Maranhão após duas tentativas de reflutuação
Forte de São Felipe está carregado com 20 mil toneladas de bauxita, além de água e combustível
O navio Forte de São Felipe continua encalhado no canal de acesso ao terminal da Alumar, em São Luís, no Maranhão. Já houve duas tentativas, ambas sem sucesso, de desencalhar a embarcação, que está carregada com 20 mil toneladas de bauxita, além de água e combustível.
O Forte de São Felipe, que pertence à empresa Elcano SA, tinha vindo do Pará e por volta das 13 horas de sábado precisou mudar de berço devido a um problema no guindaste do porto da Alumar. Durante a manobra, segundo informações iniciais, o prático teria saído da rota e acabou atolando devido à maré baixa, numa região com muitas rochas e bancos de areia.
A Capitania dos Portos do Maranhão foi acionada e enviou uma equipe ao local. Seis rebocadores foram mobilizados para desencalhar o navio, mas a tentativa não deu certo e a operação foi paralisada por falta de navegabilidade.
Um gabinete de crise com membros da Marinha, da Elcano, do Governo do Maranhão e da Alumar foi formado para acompanhar a operação de desencalhe, marcada para a maré alta, na madrugada de domingo (18). A primeira tentativa de reflutuação aconteceu por volta de 1h30 e durou quase três horas, mas não teve êxito.
Foi feita uma segunda operação por volta de 14 horas, mas os seis rebocadores não conseguiram levar o navio para águas mais profundas.
Especialistas ouvidos pelo portal de notícias Portosma acreditam que será preciso retirar a carga e esperar por uma maré mais alta. De acordo com as previsões, o pico da maré neste mês vai acontecer nesta sexta-feira, dia 27.
A Marinha informou que não há indícios de danos estruturais ou vazamento de resíduos poluentes e os tripulantes passam bem. Um “Aviso aos Navegantes” foi divulgado informando a posição do navio para evitar riscos à navegação na área.
A Capitania ressaltou que um inquérito administrativo será instaurado para apurar as causas, circunstâncias e responsabilidades pelo ocorrido.
Em nota, a Alumar disse que “embora o navio não seja controlado e operado pela Alumar, imediatamente após o ocorrido, o Consórcio se colocou à disposição para apoiar a Praticagem, o Armador do Navio responsável e as Autoridades competentes. Foram acionados, preventivamente, o Plano de Emergência Individual (PEI) e o Plano de Ajuda Mútua (PAM)”.