De acordo com a ABPA, a greve está atrasando o tráfego dos produtos e cerca de 1900 caminhões que transportam as mercadorias estão parados no país, o que pode comprometer a validade e oferta dos alimentos. Divulgação/ABPA
Nacional
Mobilização de fiscais agropecuários prejudica setor, afirma ABPA
Associação diz que a categoria busca a reestruturação da carreira dos servidores desde janeiro, mas manifestações tem penalizado setor de proteína animal
A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) informou que as agroindústrias produtoras e exportadoras de carne de aves, carne suína e ovos do Brasil estão enfrentando dificuldades devido a uma ação de Auditores Fiscais Federais Agropecuários (AFFAS) com a operação de emissão de Certificados Sanitários Internacionais (CSIs) para embarques de produtos.
De acordo com a ABPA, a ação está atrasando o tráfego dos produtos e cerca de 1900 caminhões que transportam as mercadorias estão parados no país. “A operação é parte de manifestação iniciada em fins de janeiro, que busca a reestruturação da carreira dos servidores públicos, mas que também penaliza severamente os setores de proteína animal que sempre defenderam publicamente a valorização da carreira dos auditores”, afirmou a ABPA.
Em nota, a Associação ressaltou que o atraso no tráfego pode comprometer a validade e oferta dos produtos. “De imediato, a operação coloca em risco cargas vivas e compromete a importação e exportação de material genético, que são altamente sensíveis ao tempo de trânsito. No curto prazo, o retardo das linhas de produção provocado pelo movimento poderá impactar a oferta de produtos”
A ABPA explicou que está dialogando com o Ministério da Agricultura e Pecuária para resolver a situação e espera “do Governo Federal total empenho para a solução e o atendimento às demandas dos auditores, evitando a continuidade de uma situação que atinge em cheio produtores de alimentos de todo o país sob inspeção federal”, completou.
Mobilização
A mobilização dos auditores fiscais federais agropecuários começou no último dia 22 de janeiro. A categoria busca, desde 2015, reestruturação da carreira e melhorias nas condições de trabalho.
Com a greve, a liberação de certificados e mercadorias em portos está respeitando o último dia de prazo previsto em normas do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e os auditores deixaram de cumprir horas extras não remuneradas.