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A primeira plataforma a atracar, no mês passado, foi a P-33, que já passa pelos serviços iniciais. Divulgação/Porto do Açu

Região Sudeste

Porto do Açu se torna o primeiro do Brasil a descomissionar plataformas

5 de março de 2024 às 18:26
Vanessa Pimentel Enviar e-mail para o Autor

Primeiros trabalhos estão sendo feitos com plataformas desativadas da Petrobras

Após fechar contrato com a Petrobras, o Porto do Açu (RJ) se tornou o primeiro complexo portuário a oferecer o serviço de descomissionamento de plataformas do Brasil. A parceria com a estatal envolve, inicialmente, o desmonte de três equipamentos que deixaram de ser utilizados devido ao fim da produção de campos de petróleo ou da vida útil dessas unidades. São elas: P-26, P-33 e P-37.

As unidades flutuantes de armazenamento foram vendidas para a Gerdau como sucata e o aço retirado no desmanche será utilizado na fabricação de novos equipamentos.

O acordo prevê disponibilidade de atracação no cais, limpeza de casco e destinação de efluentes e resíduos da unidade. A primeira plataforma a atracar, no mês passado, foi a P-33, que já passa pelos serviços iniciais.

Até 2034, a Petrobras planeja desativar 50 plataformas.

Futuro HUB

De olho na futura demanda, o CEO do Porto do Açu, Eugênio Figueiredo, explicou que o contrato com a Petrobras é o primeiro passo da estratégia do porto para abrigar o primeiro Hub de Descomissionamento Sustentável do Brasil, com serviços de acostamento temporário, pré-desmantelamento e desmantelamento.

Atualmente, o Brasil não conta com nenhum terminal especializado nestas atividades.

Mas, as diretrizes para o hub sustentável do segmento exigem planos de minimização de geração de resíduos, prevenção de impacto à biodiversidade, e reaproveitamento de materiais e equipamentos – todos ainda em estudo.

Em entrevista ao Valor Econômico, Eugênio avaliou que “há um tamanho de mercado muito interessante” nacional e global para a atividade. Ainda segundo ele, o Porto do Açu está fazendo estudos e discussões para planejar também a cadeia e a ampliação dos serviços executados no hub.

A proximidade do Porto do Açu com a Bacia de Campos também é uma vantagem para investir no segmento. Hoje, o Açu consegue atender simultaneamente três plataformas no cais para atividades de pré-descomissionamento, mas tem possibilidade de expansão para oito unidades em menos de um ano e com investimento de baixo porte – já que seriam feitas apenas adaptações na infraestrutura existente, segundo a gestão do complexo.

Além da Petrobras, o Porto do Açu já iniciou conversas com outras operadoras interessadas nos serviços de descomissionamento iniciados pelo complexo.

A primeira plataforma a atracar, no mês passado, foi a P-33, que já passa pelos serviços iniciais. Divulgação/Porto do Açu

A primeira plataforma a atracar, no mês passado, foi a P-33, que já passa pelos serviços iniciais. Divulgação/Porto do Açu

 

 

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