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A diretora executiva do Instituto Praticagem, Jacqueline Wendpap, e a advogada Verena Sturaro falaram sobre “Desafios e perspectivas do setor regulatório, portuário e aquaviário” (Foto: TV BE News)

Região Sudeste

Navegando com Elas coloca em debate a manutenção dos portos como públicos

Atualizado em: 9 de março de 2024 às 13:33
Júnior Batista Enviar e-mail para o Autor

Roda de conversa reuniu a diretora executiva do Instituto Praticagem do Brasil e advogada corporativa

A diretora executiva do Instituto Praticagem do Brasil, Jacqueline Wendpap, afirmou que o Porto de Santos (SP), o maior do país, deve continuar sob administração pública por sua posição estratégica no Brasil. Ela defende elencar os grandes portos brasileiros e mantê-los públicos, mas muitos portos organizados poderiam ser privatizados.

Ela deu essa declaração durante uma discussão sobre a transformação de portos organizados (portos públicos) em TUPs (terminais de uso privado). Jacqueline Wendpap foi uma das convidadas do Navegando com Elas, iniciativa do Instituto Sammarco que tem como propósito promover cinco rodas de conversas com a participação de mulheres que são protagonistas nos setores marítimo, portuário e de infraestrutura.

“O Brasil tinha que elencar seus grandes portos de interesse e mantê-los, sim, em autoridade pública, inclusive Santos. Não acho que Santos deve ser privatizado, tem que continuar como autoridade pública, mas na adequação de uma autoridade pública, mas isso não é para hoje”, afirma Jacqueline.

O tema da roda de conversa foi “Desafios e perspectivas do setor regulatório, portuário e aquaviário”. Participou também do evento a advogada corporativa Verena Barreto Sturaro. A mediação foi feita pela apresentadora do telejornal BE News 19 horas, Núria Bianco.

Ainda sobre regulação, Verena defendeu uma maior organização no planejamento dos portos. Disse que a interferência política é dificilmente mitigável, por ser inerente ao tempo, mas que há outros meios de se melhorar a organização e eficiência dos portos.

“Há outro meio possível, no âmbito das administrações, que é realmente conseguir atrelar as normativas dentro de um plano estratégico mais efetivo e não um que se faça a cada cinco anos só para cumprir lei”, afirma ela.

Para Jacqueline, o porto deve estar sempre “nas páginas econômicas e não policiais”, disse.

Encontro

O bate-papo foi uma homenagem ao Dia Internacional da Mulher, comemorado no dia 8 de março e teve transmissão ao vivo pela TV BE News, com mediação da apresentadora do jornal, Núria Bianco. O canal pode ser acessado pelo YouTube (@tv_benews) ou por meio do Portal BE News (www.portalbenews.com.br).

Ao longo deste mês, haverá conversas ainda nos dias 15, 20 e 22 deste mês. A primeira conversa foi com a gerente jurídica da Associação Gestora da Ferrovia Interna do Porto de Santos (Fips), Débora Andrade, que falou sobre o tema: Fips e o controle do Tribunal de Contas e agências reguladoras. O debate teve também a participação de Rafael Langoni, diretor de Expansão da Rumo Logística.

Para os próximos eventos a programação é a seguinte:

– 15/3: Katia Oliveira, gerente do escritório regional do Steamship Mutual P&I Club no Brasil (15/3), com o tema “Clube do P&I – coberturas e papel dos correspondentes”;
– 20/3: Mariana Pescatori, secretária executiva do Ministério de Portos e Aeroportos, e Flávia Takafashi, diretora da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), com o tema “Políticas públicas para desburocratização e alavancagem de investimentos do setor portuário”;
– 22/3: Flávia Bauler, procuradora do Ministério Público do Trabalho em São Paulo e coordenadora nacional do Trabalho Portuário e Aquaviário (Conatpa), com o tema “Atribuições do Conatpa e temas recorrentes”.

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