Ministério abre consulta pública sobre túnel Santos-Guarujá

A obra, de aproximadamente 860 metros de extensão, vai beneficiar 2 milhões de moradores da Baixada Santista

O Ministério de Portos e Aeroportos (Mpor) e o governo estadual de São Paulo lançaram, nesta quarta-feira, 13, a consulta pública do túnel Santos-Guarujá. A partir de agora, a sociedade poderá contribuir para a construção da principal obra da terceira edição do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).

A obra, de aproximadamente 860 metros de extensão, vai beneficiar 2 milhões de moradores da Baixada Santista, além de 4 milhões de turistas que visitam anualmente o litoral norte paulista. A construção do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) também está prevista no local.

Na cerimônia de lançamento, estiveram presentes o ministro da Casa Civil, Rui Costa, o governador de São Paulo, Tarcisio de Freitas, os prefeitos de Santos, Rogério Santos, e do Guarujá, Valter Suman, parlamentares do estado de São Paulo e autoridades do Porto de Santos.

O presidente da Autoridade Portuária de Santos (APS), Anderson Pomini, foi o primeiro a discursar. Ele lembrou que a obra está em discussão há quase 100 anos.

“Nós estamos há 97 anos discutindo 860 metros. Então vejam só a importância desse dia, desse momento, dessas lideranças reunidas. Para, efetivamente, tirarmos do papel uma obra que vai impactar diretamente na vida de 80 mil pessoas que cruzam este canal de 860 metros todos os dias, utilizando modais do século retrasado. Balsas de veículos, balsas de pedestres, catraias que transportam 15 mil pessoas todos os dias entre uma margem e outra”, detalhou Pomini.

O presidente da Frente Parlamentar de Portos e Aeroportos, deputado Paulo Alexandre Barbosa (PSDB-SP), celebrou o pontapé inicial para o início das obras e lembrou a união de dois governos com ideias diferentes. “É uma ilusão pensar que a União pode fazer sozinha, que o Estado pode fazer sozinho, que as prefeituras podem fazer sozinhas. Nós precisamos de todos, na mesma mesa, nessa foto aqui. E pra isso eu quero aqui reconhecer e destacar a maturidade política, a capacidade de articulação do governador  Tarcísio, que soube dialogar com o governo federal, do ministro Silvio Costa, que soube também fazer essa construção”, disse.

“Muitos projetos foram discutidos, muitas ideias foram colocadas na mesa e todos os projetos tinham uma única semelhança, todos eles ficaram no papel, não foram executados. A gente sabe que muito disso se deve às divergências políticas, aos embates que foram travados, a gente tinha até bem pouco tempo, o governo federal defendia um projeto, o governo estadual defendeu outro”, completou o deputado.

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, ressaltou a força da obra. “Nós vamos ter uma obra sustentável, uma obra que vai prover mobilidade, uma obra que vai ter outros contornos, porque a gente não está falando só do transporte das pessoas, a gente está falando também do transporte da carga por meio dos veículos de carga. A gente está falando de uma coisa muito importante, o transporte público, a transposição do VLT, que vai chegar na área continental”, afirmou.