Com o objetivo de se modernizar e se tornar um Hub de Hidrogênio Verde, o Pecém projeta um investimento de R$ 2,2 bilhões até 2028. Divulgação
Região Nordeste
Pecém vai investir R$ 2,2 bi até 2028
Anúncio foi feito em comemoração aos 22 anos do Complexo; foco é se tornar um Hub de Hidrogênio Verde
Com o objetivo de se modernizar e se tornar um Hub de Hidrogênio Verde, o Pecém projeta um investimento de R$ 2,2 bilhões até 2028. O anúncio foi feito em comemoração aos 22 anos do cais cearense, comemorados nesta quinta-feira (28). O Complexo do Pecém (CIPP S/A) é uma joint venture formada pelo Governo do Estado do Ceará, no Brasil, e pelo Porto de Roterdã, na Holanda.
Essa estimativa de investimentos inclui recursos do Complexo e também das empresas, sendo R$ 1 bilhão a ser aplicado pelo Complexo, e os outros R$ 1,2 bilhões desembolsados pelas empresas de utilidade instaladas no Pecém, incluindo energia elétrica, água de reuso e outros segmentos ligados à infraestrutura de apoio para hidrogênio verde e amônia. Os investimentos vão beneficiar o Complexo como um todo, incluindo outros projetos como a Transnordestina.
Idealizado na década de 1990, o terminal foi inaugurado em 2002. É responsável, atualmente, por mais de 80% da movimentação total de cargas no setor portuário do Estado.
“A história do Porto do Pecém mudou o perfil das pessoas e da região em que está instalado, transformando milhares de vidas por meio do desenvolvimento. Ele nasceu como um terminal portuário e, ao longo dessas mais de duas décadas, se tornou um grande complexo industrial e portuário, que já tem uma linda história escrita, mas também muito a realizar. Sabemos que temos uma grande responsabilidade em mãos, de transformar novamente a economia do Ceará através da transição energética, e não tenho dúvidas de que veremos isso acontecer nos próximos anos”, diz o presidente do Complexo, Hugo Figueirêdo.
Com mais de 90 milhões de toneladas de cargas movimentadas nos últimos cinco anos, o Porto do Pecém, que faz parte do complexo que envolve a Zona de Processamento de Exportação (ZPE) do Ceará e a área industrial, vislumbra ser um agente fundamental para a transição energética no País através do Hub de Hidrogênio Verde, que conectará o mercado local com o Porto de Roterdã, o maior terminal portuário da Europa.
Estrutura
O Porto do Pecém tem 14 a 15,4 metros de calado e foi projetado como um terminal offshore. É um terminal multicargas por movimentar granéis sólidos, granéis líquidos, contêineres e cargas em geral nos 10 seus berços. Na cadeia logística do transporte marítimo, é considerado um Hub Portuário – hoje conectado por sete linhas de cabotagem e três de longo curso.
História
Em dezembro de 1995, o decreto da Assembleia Legislativa do Ceará, sancionado pela Lei n.º 12.536 /95, criava a Companhia de Integração Portuária do Ceará (Cearáportos), vinculada à Secretaria da Infraestrutura do Estado (Seinfra), que seria a responsável pela administração do Terminal Portuário do Pecém e por promover o desenvolvimento econômico do Estado do Ceará. Mas somente em 2002 foi inaugurado o Complexo Industrial e Portuário do Pecém, em São Gonçalo do Amarante. Em 2018, teve início a parceria com o Porto de Roterdã, na Holanda, que detém 30% do controle do Complexo do Pecém.
São mais de 19 mil hectares no local, composto por uma Área Industrial, pelo Porto do Pecém e pela subsidiária ZPE Ceará, a primeira Zona de Processamento de Exportação a operar no Brasil.