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Governo libera utilização de R$ 10,4 bilhões do Fundo Clima

Atualizado em: 2 de abril de 2024 às 10:09
Leopoldo Figueiredo Enviar e-mail para o Autor

Financiamento 1
O Governo liberou a utilização de R$ 10,4 bilhões do Fundo Nacional sobre Mudança do Clima (Fundo Clima), para o financiamento de projetos de transição energética, como a implantação de parques solares e eólicos, e recuperação ambiental, como o restauro de florestas. O aval foi dado nessa segunda-feira, dia 1, pelo Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA) e pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). 

Financiamento 2
Segundo as autoridades, este é o maior volume de recursos disponibilizados da história do fundo, criado em 2009 e que, desde então, possui uma carteira de contratos em vigor que soma R$ 2,5 bilhões. Nos últimos quatro anos, o fundo praticamente não foi utilizado, segundo o governo. “Saímos do volume de recursos de R$ 400 milhões (em média, por ano) para R$ 10 bilhões, e esses recursos com certeza farão a diferença no processo de mudança da nossa matriz energética, agricultura resiliente, cidades resilientes, com adaptação e outras agendas”, destacou a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, ontem, em Brasília.

Financiamento 3
Ao lado de Marina Silva, o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, explicou que os financiamentos com as taxas mais altas de juros serão para projetos na área de energia solar e eólica, que têm um mercado mais bem estabelecido no Brasil, definidas em 8% ao ano. Já a taxa para restauro de floresta será de apenas 1% ao ano. Todas as demais áreas, como financiamento para compra de ônibus elétricos, obras de resiliência para adaptação climática das cidades, descarbonização da indústria e agricultura, entre outros, terão taxa de juros de 6,15% ao ano.

Financiamento 4
“A taxa de juros que estamos oferecendo é equivalente à de um país que tem grau de investimento, captando recurso em dólar. Com uma diferença: quem pega financiamento não tem risco de câmbio porque a Fazenda garante essa taxa [por meio de um fundo garantidor contra risco cambial]. Então, é uma taxa muito competitiva e a demanda é muito forte. Vamos liberar com muita rapidez esses recursos”, afirmou Mercadante.

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