Porto de Paranaguá renova com MSC e vai receber navios de cruzeiro em 2026

Diretor da Portos do Paraná diz que a cidade poderá ser um polo de recepção desse tipo de embarcação no estado

O Porto de Paranaguá renovou contrato com a MSC e vai receber navios de cruzeiros da companhia, uma das maiores do mundo, em 2026, segundo André Luiz Pioli, diretor de Desenvolvimento Empresarial da Portos do Paraná. 

Neste ano, Paranaguá recebeu 15 escalas de embarques e desembarques. Pela primeira vez, o MSC Lirica passou pelo porto. A expectativa é que o número de cruzeiristas chegue a 40 mil nesta temporada.

A informação foi revelada durante o painel “Impactos e reflexos das atividades portuárias e industriais nas cadeias de negócios”, no Sul Export – Fórum Regional de Logística, Infraestrutura e Transportes, realizado na semana passada, em Balneário Camboriú (SC).

O Sul Export tem iniciativa e realização do Grupo Brasil Export, apoio institucional do Ministério de Portos e Aeroportos, produção da Bossa Marketing e Eventos e mídia oficial da Rede BE News. O painel também teve a presença de Cristiano Kingler, presidente da Portos RS, Cleverton Vieira, diretor-presidente do Porto de São Francisco do Sul, mediação do jornalista Leopoldo Figueiredo, diretor geral da Rede BE News, Mario Povia, diretor-executivo do instituto Brasileiro de Infraestrutura (IBI) e Urbano Lopes de Sousa Neto, presidente do Porto de Imbituba.

“Estamos trabalhando intensamente para transformar Paranaguá no sentido de ser um polo de recepção de cruzeiros marítimos no Paraná. Havia uma certa rejeição por conta das atividades de cruzeiro na cidade, mas queremos mostrar que há potencial turístico”, disse Pioli.

Ele disse que há um estudo sendo feito para arrendamentos na área dentro da poligonal do porto para fazer um terminal turístico, que pode ter seu projeto aprovado até 2027. O potencial é um terminal de um berço.

No painel, também foram discutidos os potenciais turísticos dos portos de Imbituba e São Francisco do Sul, no estado de Santa Catarina. Segundo Urbano Lopes de Sousa Neto, a infraestrutura de Imbituba ainda precisa ser melhorada.

“Temos que ter cautela de não queimar a largada e atrapalhar as atividades já consolidadas. É preciso analisar o retorno social de atividades de cruzeiros, porque ainda não conseguimos mensurar ao certo dentro do porto e da cidade, como seriam essas atividade”, contou ele.

Em relação a São Francisco do Sul, Cleverton Vieira afirmou que este ano o porto recebeu três escalas através de ponto de fundeio e cerca de 300 passageiros em cada navio. As escalas foram exitosas no sentido de não atrapalhar as operações de cargas.

“Na próxima temporada temos a confirmação de mais quatro navios deste mesmo tipo. Estamos estudando pontos de fundeio mais próximos da cidade, além de pontos de transfers, algo que precisa ser estudado no âmbito da sociedade civil”, concluiu.