Nos dois dias de atividades, o seminário Projeto Amazônia 2040 recebeu contribuições de servidores e de diversos convidados e especialistas para o desenvolvimento regional (crédito: Divulgação/Suframa)
Região Norte
Zona Franca quer agenda de desenvolvimento até o final do ano
Debates sobre possíveis cenários para a região até 2040 foram coordenados pela Suframa
A Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa), autarquia vinculada ao Ministério da Economia que administra a Zona Franca de Manaus (ZFM), encerrou na última terça-feira o evento Projeto Amazônia 2040. A expectativa é que, com as contribuições dos diversos atores e especialistas que participaram do encontro, a agenda estratégica com cenários prospectivos de desenvolvimento para a Amazônia nos próximos 18 anos seja definida até dezembro e possa seguir para homologação do Conselho de Administração da Suframa (CAS).
Os debates foram coordenados pela Suframa, em sintonia com diretrizes do projeto “Cenários Brasil 2040”, com o objetivo de identificar potencialidades de desenvolvimento na área de abrangência do modelo ZFM, que sejam capazes de gerar emprego e renda e promover a melhoria da qualidade de vida da população da região. E ao mesmo tempo fomentar atividades com menor dependência dos instrumentos de incentivos fiscais a médio e longo prazos.
O evento, na sede da autarquia, contou com uma programação de dois dias de atividades e recebeu contribuições de servidores e de diversos convidados e especialistas na temática do desenvolvimento regional, incluindo a participação de representantes dos ministérios da Economia, das Comunicações e da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI).
A programação discutiu assuntos como “Zona Franca de Manaus: Impactos, Efetividade e Oportunidades”, ministrada por videoconferência pelo professor da Escola de Economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV), Márcio Holland.
Na apresentação, Holland destacou o papel central da Amazônia no novo ciclo de desenvolvimento socioeconômico brasileiro e apresentou indicadores de sucesso alcançados pelo modelo ZFM que demonstram historicamente a influência positiva para o desenvolvimento da capital do Amazonas.
Ele afirmou também ser imperativa a necessidade de promover a interiorização do desenvolvimento e buscar o aperfeiçoamento do modelo ZFM a partir, principalmente, de ações de convergência tecnológica à Economia 4.0, da maior governança dos recursos de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (PD&I), da diversificação do Polo Industrial de Manaus (PIM) e de novas metas de desenvolvimento social, entre outras.
Outra palestra discutiu a “Conectividade para a Amazônia” e foi proferida pelo diretor de Infraestrutura e Banda Larga do Ministério das Comunicações, Marcus Vinicius Arrais.
A programação contou ainda com debates e apresentações sobre temas de grande relevância para o futuro da região, tais como indústria 4.0 e internet das coisas; infraestrutura e logística amazônica; tecnologias para exploração mineral e de óleo e gás; e fontes renováveis de energia.
O encerramento da programação técnica ocorreu com as oficinas de construção de cenários prospectivos, conduzidas pela coordenadora nacional do projeto “Cenários Brasil 2040”, Elaine Marcial.
Semanas temáticas
As próximas atividades relacionadas ao projeto “Amazônia 2040” terão as seguintes semanas temáticas: Óleo e Gás – 4 de agosto; Bioeconomia – 11 de agosto; 5G e Indústria 4.0 – 16 de agosto; Fertilizantes – 24 de agosto; Mineração – De 29 agosto a 2 de setembro, em Belém; Saúde – 8 de setembro; Segurança e Defesa – 15 de setembro; e Órgãos de Fomento – 22 de setembro.