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A mais recente estimativa da safra de grãos para 2023/2024, divulgada pela Conab, indica que a produção total de grãos no Brasil deve alcançar 294,1 milhões de toneladas (Foto: Divulgação)

Nacional

Nova estimativa da safra de grãos 2023/24 aponta redução de 8%

15 de abril de 2024 às 9:16
Da Redação Enviar e-mail para o Autor

Dados do Conab indicam que serão colhidas 25 milhões de toneladas a menos do que na temporada anterior

A mais recente estimativa da safra de grãos para 2023/2024, divulgada pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) no último dia 11, indica que a produção total de grãos no Brasil deve alcançar 294,1 milhões de toneladas. Isso representa uma diminuição de 8% em relação à temporada anterior, equivalente a 25,7 milhões de toneladas a menos a serem colhidas.

Apesar da área cultivada permanecer estável, estimada em 78,53 milhões de hectares, a redução na produção é atribuída principalmente à forte influência do fenômeno El Niño, que afetou negativamente o plantio e o desenvolvimento das lavouras em todo o país durante 2023. Isso resultou numa queda na produtividade média, de 4.072 quilos por hectare para 3.744 kg/ha.

À medida que a colheita da primeira safra de culturas chega à fase final, a atenção agora se volta para as safras de segunda e terceira e para as culturas de inverno. O comportamento climático continua sendo um fator determinante para o desempenho final deste ciclo. Em comparação com a previsão anterior da Conab, divulgada no início de março, houve uma redução na produção total de 1,52 milhão de toneladas, com as maiores quedas registradas no milho, com 1,79 milhão de toneladas, e na soja, com 336,7 mil toneladas. Por outro lado, há perspectivas de aumento na produção de arroz, algodão, gergelim, sorgo e, principalmente, feijão em relação ao último levantamento.

Com a colheita avançada nos principais estados produtores, atingindo cerca de 76,4% da área cultivada no país, a estimativa para a produção de soja é de 146,52 milhões de toneladas, uma redução de 5,2% em relação à safra anterior. Essa diminuição é atribuída à escassez de chuvas e às temperaturas acima da média no Centro-Oeste e Sudeste, o que causou atrasos no plantio e perdas na produtividade.

Milho

O milho, principal cultura da segunda safra, tem uma produção total estimada em 110,96 milhões de toneladas. De acordo com o Progresso de Safra publicado pela Conab nesta semana, a colheita da primeira safra do cereal, com uma produção esperada de 23,36 milhões de toneladas, atingiu 51% da área cultivada. A semeadura da segunda safra está praticamente concluída. Em estados como Mato Grosso, Goiás e Minas Gerais, a maioria das lavouras está bem desenvolvida. No entanto, em Mato Grosso do Sul e no Paraná, a redução das chuvas em março causou estresse hídrico em várias áreas, afetando seu potencial produtivo. Nas demais regiões produtoras, apesar do atraso no plantio, as lavouras estão se desenvolvendo bem. A estimativa para a segunda safra de milho é de 85,62 milhões de toneladas.

Feijão

Para o feijão, que tem três ciclos de cultivo durante a temporada, espera-se um aumento de 18,4% na produção da segunda safra, com uma colheita estimada em 1,5 milhão de toneladas. Esse desempenho positivo contribui para o abastecimento interno de um produto importante para os brasileiros, já que a produção total de feijão é estimada em 3,2 milhões de toneladas. Também há sinais de recuperação na produção de arroz. Com uma área de plantio estimada em 1,5 milhão de hectares, 4,4% maior que na safra anterior, espera-se uma produção de 10,57 milhões de toneladas, um aumento de 5,3% em relação ao ciclo anterior.

Algodão

A área cultivada com algodão também está em crescimento, passando de 1,7 milhão de hectares para 1,9 milhão de hectares, principalmente devido às boas perspectivas de mercado. As condições climáticas continuam favoráveis às lavouras, e estima-se uma colheita de cerca de 3,6 milhões de toneladas de algodão, um aumento de 13,4%. Quanto ao trigo, a estimativa atual é de uma produção de 9,73 milhões de toneladas.

Mercado

Neste levantamento, a Conab ajustou as estimativas de exportação de milho para a safra 2023/24, devido à redução na produção total do cereal. A nova expectativa é de um volume de 31 milhões de toneladas embarcadas, 43,3% a menos que no ciclo anterior. O consumo interno de milho é projetado em cerca de 84 milhões de toneladas. Com o aumento na produção de feijão, espera-se um incremento nos estoques do produto. Para o arroz, as projeções de suprimento permanecem praticamente estáveis, com um aumento no consumo nacional para 10,5 milhões de toneladas.

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