O aeroporto de Lisboa está no limite da sua capacidade, enquanto se espera uma decisão sobre uma nova solução aeroportuária para a região (crédito: Pixabay)
Portugal
Construção do novo aeroporto de Lisboa deve demorar mais um ano para avançar
O atraso é justificado pela exigência de uma nova Avaliação Ambiental Estratégica (AAE), que analisa o projeto do ponto de vista ambiental, econômico e social
A construção de um novo aeroporto na região de Lisboa, em Portugal, deve demorar pelo menos mais um ano para avançar, mesmo que a localização escolhida seja a cidade de Montijo.
O atraso é justificado pela exigência de uma nova Avaliação Ambiental Estratégica (AAE), que analisa o projeto do ponto de vista ambiental, econômico e social. O pedido foi feito pelo líder do Partido Social Democrata (PSD), Luís Montenegro.
Sem a AAE, a construção do novo aeroporto pode sair mais cara devido a novos processos judiciais, como ficou evidenciado com a ação liderada pela Associação Ambientalista Zero. A proposta, no entanto, foi recusada pelo Tribunal Administrativo e Fiscal do Porto com base numa AAE que estaria em curso.
Porém, o prazo de um ano só se mantém se quem fizer a nova avaliação estratégica for o Laboratório Nacional de Engenharia Civil (LNEC), já que é um órgão do Estado e, por este motivo, não seria necessário abrir edital para contratar outra entidade.
Em caso de realização de concurso público, o início da construção do novo aeroporto poderá levar ainda mais tempo.
PLANO DE CONTINGÊNCIA
Desde o início de julho, o Aeroporto Humberto Delgado, em Lisboa, tem operado com medidas impostas pelo governo através de um plano de contingência, que, entre outras ações, aumentou o número de policiais treinados em procedimentos de imigração e de inspetores do Serviço de Fronteiras.
A intenção é agilizar a verificação de documentos de passageiros que desembarcam no país e diminuir as filas.
O plano é uma tentativa de diminuir o caos registrado no aeroporto com o aumento exponencial de turistas que querem aproveitar o primeiro verão europeu com medidas mais flexíveis relacionadas à pandemia.