O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, sugeriu na quinta-feira, dia 18, que mudanças na regularização das tarifas do gás podem reduzir o preço em até 25%. Foto: Tauan Alencar
Nacional
Ministro vê possibilidade de queda no preço do gás em até 25%
Para Alexandre Silveira, regulação das tarifas cobradas pela Petrobras podem contribuir para a redução
O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, sugeriu na quinta-feira, dia 18, que mudanças na regularização das tarifas do gás podem reduzir o preço em até 25%. A declaração foi em Brasília durante o evento Gás Week, em Brasília (DF). Para o titular da pasta, uma regulação das tarifas cobradas pela Petrobras pelo uso dos gasodutos marítimos e das unidades de processamento pode concretizar a medida.
Para ele, a revisão das tarifas pode “combater os abusos” da petroleira. Para embasar a sugestão, o ministro entregou o resumo de um estudo da Empresa de Pesquisa Energética (EPE) que mostra que 60% do custo do gás no Brasil é da Petrobras, mas de acordo com a pesquisa, só 14% são referentes à extração.
De acordo com o documento, 46% do preço do gás representa a cobrança da Petrobras pelo uso dos gasodutos marítimos de escoamento e das unidades de tratamento de gás da empresa na costa. O transporte e a distribuição nos estados e cidades do Brasil correspondem a 20% do preço. Os tributos preenchem outros 20%.
Para Silveira, regular as tarifas de escoamento e processamento da Petrobras nos mesmos moldes do que ocorre nas etapas de transporte e de distribuição em que as tarifas são estabelecidas pela Agência Nacional de Petróleo (ANP) é a melhor alternativa.
“Vamos remunerar de forma justa as infraestruturas de escoamento e de processamento do gás, com uma regulação mais firme. E vamos considerar, sim, a depreciação e amortização dos ativos. Não dá para ficar pagando a vida toda por uma infraestrutura já amortizada”, apontou o ministro.
Segundo o estudo, a parcela da Petrobras no preço final ao consumidor industrial com o cálculo de amortização dos investimentos seria de US$ 4,05, mas atualmente o valor de US$ 12 é pago para 26,8 metros cúbicos.
“O gás no Brasil tem esse preço absurdo por isso. Agora nós vamos trabalhar e discutir para que tenhamos uma regulação moderna e segura no gasoduto de escoamento”, completou o ministro.