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O cenário foi avaliado durante o primeiro painel do Fórum Santos Export, com o tema “Terceira via entre Planalto e Baixada | Viadutos | FIPS”, exposto nesta segunda-feira (22), em Santos

Santos Export

Terceira pista precisa de integração para sair do papel, dizem painelistas

22 de abril de 2024 às 13:19
Vanessa Pimentel Enviar e-mail para o Autor

Rui Klein, Diretor Geral de Concessões da Ecorodovias, disse também que não é possível adiantar nenhum prazo sobre o início das obras

Para que a construção da terceira pista ligando o planalto ao Porto de Santos (SP) saia do papel, será preciso integração entre todos os interessados: Autoridade Portuária, concessionária, operadores do porto, governos federal, estadual e municipais. E apesar da urgência de um novo acesso, não há prazo estimado para a obra.

O cenário foi avaliado durante o primeiro painel do Fórum Santos Export, com o tema “Terceira via entre Planalto e Baixada | Viadutos | FIPS”, exposto nesta segunda-feira (22), em Santos, e composto por João Almeida, Diretor-Presidente da Ferrovia Interna do Porto de Santos (FIPS); Rui Klein, Diretor Geral de Concessões da Ecorodovias; Fabrizio Pierdomênico, Economista e ex-secretário nacional de Portos e Transportes Aquaviários e Frederico Bussinger, Consultor, engenheiro e economista.

A terceira pista é uma das demandas prioritárias relacionadas aos acessos portuários – visto que o aumento já previsto na movimentação de cargas do complexo deve levar o Sistema Anchieta-Imigrantes (SAI) ao limite de sua capacidade até 2030. Mesmo assim, Rui Klein afirmou que não pode garantir nenhum prazo para o início da obra, ao contrário do governador do Estado, Tarcísio de Freitas, que afirmou no fim do ano passado que o início dos trabalhos será em 2026.

Klein destacou o longo percurso que uma obra de engenharia dessa magnitude vai enfrentar, principalmente em relação ao licenciamento ambiental. “É um rito longo, mas robusto e com qualidade, como a Ecovias gosta de implementar em seus projetos”, citou.

De acordo com ele, existe um consórcio formado por empresas nacionais e internacionais responsável por projetar o modelo da terceira pista, citando em seguida, como exemplo, a duplicação da Rodovia dos Tamoios, principal via de acesso ao litoral Norte do Estado de São Paulo, que demorou 10 anos para ser entregue.

“A segunda pista da Tamoios levou quase 10 anos. É cedo e prematuro afirmar agora um prazo. Temos a fase do pré-projeto, a concepção, licenciamentos e depois obras e conclusão”, ressaltou.

Contudo, Fabrizio Pierdomênico afirmou que se não houver governança e integração entre todos os entes envolvidos, o projeto pode levar ainda mais tempo para sair do papel, citando em seguida o Túnel Santos-Guarujá, que pela primeira vez em 100 anos, teve as suas primeiras audiências públicas realizadas na semana passada.

“Essas audiências públicas são a prova de que quando se unem agências reguladoras, representantes dos governos estadual e federal, o projeto começa a andar. Eu não acredito que a terceira pista saia até 2030, mas há projetos tão importantes quanto este para os acessos rodoviários ao porto que já poderiam estar prontos, se houvesse integração, como a construção da perimetral na margem esquerda do Porto”, detalhou.

O consultor Frederico Bussinger e João Almeida, da FIPS, reforçaram a importância da união de todos os entes envolvidos, citando que não dá para imaginar o porto isoladamente.

O Fórum Santos Export é uma iniciativa e realização do Grupo Brasil Export, com apoio institucional do Ministério de Portos e Aeroportos. A produção é da Bossa Marketing e Eventos e a mídia oficial da Rede BE News. A transmissão é feita ao vivo e com imagens pela TV BE News, através de seu canal no Youtube (@tv_benews).

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