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Economia circular muda descarte para reinserção de produtos. Crédito: Fernanda Luz/Grupo Brasil Export

Santos Export

Transição da economia linear para circular é urgente, defendem especialistas

Atualizado em: 23 de abril de 2024 às 17:04
Júnior Batista Enviar e-mail para o Autor
Durante o Sustenta Export, debatedores ressaltaram que modelo adotado pelo mundo está em colapso 
O painel “O futuro da sustentabilidade no setor de infraestrutura”, apresentado durante o Sustenta Export, fórum nacional de transição energética no setor de infraestrutura, que aconteceu durante o Santos Export nesta terça-feira (23), trouxe à tona a discussão sobre uma mudança no modo como as empresas encaram a economia.Segundo o presidente do Conselho ESG do Brasil Export, João Amaral, o modelo de economia adotado nos últimos 200 anos, com uma população caminhando para 8 bilhões em todo mundo até 2050, não vai se sustentar se não houver uma mudança de uma economia linear para uma economia circular.

“Temos que pensar não mais em descarte, mas sim em reinserção. Infelizmente, a economia circular ainda é minoritária no mundo e os números têm mostrado que perdemos espaço nos últimos anos e isso é alarmante”, diz ele.

João Amaral afirmou que apenas 7,2% da economia mundial é circular, mas em 2018 esse número chegou a 9,2%.

A gerente executiva de Comunicação Corporativa e Sustentabilidade da Santos Brasil, Beatrice e Toledo Dupuy, disse que o mundo está atrasado em questões de clima, mas também em questões sociais. E o desenvolvimento econômico sustentável deve respeitar esses pilares.

A empresa adotou uma estratégia de empregabilidade e capacitação de pessoas em vulnerabilidade social através do Formare, programa que forma jovens em vulnerabilidade social. Dos 300 jovens já formados, 150 trabalham na própria Santos Brasil e dos formados 90% conseguem emprego após a formação.

“A formação e o desenvolvimento sustentável passa pela formação e inclusão da mão de obra local”, ressalta Beatrice.

O gerente de produção e manutenção de rebocadores da Wilson Sons, Leandro Aversa, disse que os impactos sociais precisam ser pensados por todos os atores.

“É dever de todos forçar os limites para avançarmos em questões climáticas. Como gestores, é preciso buscar flexibilidade. Temos que sair do papel passivo e sermos parte da mudança”, ressaltou.

O analista de mercado naval da WEG, Jairo dos Guimarães e Souza, defendeu que a sustentabilidade tem que ser tratada como hábito.

“A cultura da sustentabilidade tem que ser disseminada e fazer parte do dia a dia. É um novo conceito, novos paradigmas. Isso tem que fazer parte de todos e não só no trabalho, mas também no dia a dia fora das empresas”, explicou ele.

Souza contou ainda que na empresa há mais de 5 mil produtos e, hoje, diferentemente do passado, eles são pensados de forma sustentável. “Hoje, o conceito desde o design é que seja pensado em formas de desmantelamento ou demonstamento, não mais em seu descarte”, concluiu.

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