Segundo os fiscais, os berços 201, 202, 301 e 302 tinham anomalias como afundamentos, buracos, fissuras, trincas e rachaduras, colocando em risco trabalhadores e a operação do cais paraense. Divulgação
Região Norte
Berços do Porto de Vila do Conde são interditados após irregularidades
Auditores fiscais do Ministério do Trabalho encontraram riscos de acidentes; CDP diz que vai tentar reverter a decisão
Auditores fiscais do Trabalho no Pará encontraram problemas estruturais no píer do Terminal de Múltiplo Uso do Porto de Vila do Conde, em Barcarena, região metropolitana de Belém, e interditaram o local por tempo indeterminado.
Segundo os agentes, os berços 201, 202, 301 e 302 tinham anomalias como afundamentos, buracos, fissuras, trincas e rachaduras, colocando em risco trabalhadores e a operação do cais paraense.
A decisão só poderá ser suspensa caso a Companhia Docas do Pará, que administra o porto, regularize os problemas citados.
Em nota, a CDP disse que foi “surpreendida com a decisão”, pois já tinha apresentado laudos técnicos que “refutam riscos” no local, mas garantiu que está trabalhando em um plano emergencial para mitigar os riscos e regularizar pontos críticos apontados pelos auditores. Afirmou também que os problemas já eram de conhecimento do órgão desde 2022 e frutos do “descaso da gestão anterior”.
A CDP destacou que a interdição pode gerar “graves impactos na economia nacional e probabilidade de gerar sequelas imediatas nos milhares de empregos ligados à atividade”. E concluiu que todas as providências estão sendo adotadas para que a medida seja reconsiderada.