Renata Ramalho e os demais especialistas falaram sobre o uso da tecnologia nos setores de infraestrutura, logística, portos e comércio exterior na primeira edição do Inova Export. Foto: Patrícia Cruz/Grupo Brasil Export
Santos Export
Inteligência Artificial colabora para mapear construção de ferrovias pelo país
Gerente executiva da Rumo, Renata Carvalho defende uso da tecnologia em todos os investimentos de infraestrutura
A inteligência artificial está colaborando para mapear novos locais para investimentos em modal ferroviário da Rumo Logística, além de reduzir em 90%, nos últimos dois anos, os acidentes neste modal devido ao sistema inteligente de sinalização implantado pela companhia.
Segundo a gerente executiva de meio-ambiente e sustentabilidade da Rumo, Renata Ramalho, a tecnologia é uma forte aliada no desenvolvimento do modal ferroviário. A analista participou da primeira edição do Inova Export, evento organizado pelo HUB Brasil Export e Grupo Brasil Export, destinado a revolucionar os setores de infraestrutura, logística, portos e comércio exterior.
O programa tem como objetivo fomentar a inovação, promover o crescimento sustentável e estimular parcerias estratégicas e aconteceu em Santos, no litoral paulista, no último dia 22.
“A tecnologia tem nos afetado positivamente. Hoje, ela permite que os trens andem praticamente sozinhos. Também temos sinaleiros inteligentes nas ferrovias que reduziram em 90% o índice de acidentes nos últimos dois anos”, afirma.
Renata explica, ainda, que os processos de construções de novas ferrovias também passa pela inteligência artificial. “Hoje, a IA faz um mapeamento das novas construções e diz onde posso construir, levando em consideração normais e processos sustentáveis”, diz.
Por conta desses processos, a empresa possui uma estrutura de Inovação e P&D (Pesquisa e Desenvolvimento). Essa área é focada em melhorar as diferentes tecnologias, identificando demandas que exigem um estudo minucioso e conduzindo os projetos que envolvem testes de novas soluções para, depois, serem aplicados.
Desde 2020, a empresa investe em um novo sistema de licenciamento, controle e monitoramento de tráfego na Operação Norte. O sistema chama-se PTC 2.0 (Positive Train Control 2.0), um conjunto de sistemas de controle de trens, compostos por hardware e software que, juntos, monitoram a localização e a movimentação das composições, gerando segurança e ganhos em produtividade.
“Hoje, os trens andam praticamente sozinhos”, emenda Renata. Pelos próximos quatro anos, a tecnologia deve ser aplicada gradativamente em mais de 4 mil quilômetros de ferrovias. “A tecnologia é totalmente aliada, junto aos colabores que vem sendo treinados para lidar com ela. Por isso que discussões como essas são muito importantes”, conclui Renata.