O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Geraldo Alckmin, recebeu, nesta sexta-feira, 17, representantes da Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (Fiergs). Foto: FIERGS
Região Sul
Alckmin sinaliza medidas de crédito para a indústria gaúcha
O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Geraldo Alckmin, recebeu, nesta sexta-feira, 17, representantes da Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (Fiergs). Segundo Alckmin, o governo federal avalia novas medidas de crédito para a indústria do estado. A principal discussão será em relação aos juros que serão aplicados às operações do setor.
Segundo o ministro, os recursos estão sendo articulados com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad. “O presidente Lula tem colocado que não faltarão recursos para ajudar o Rio Grande do Sul. Então, já conversamos com o BNDES, vamos conversar com a Fazenda para definir a questão dos juros, do fundo garantidor e das linhas de crédito. Que devem ser para tudo, desde capital de giro, recomposição de máquinas, equipamentos, prédios, enfim, toda a área de reconstituição”, afirmou.
A Fiergs entregou um documento com os pleitos para a reconstrução do setor. De acordo com a Federação, 90% das fábricas e outros equipamentos de produção industrial do Rio Grande do Sul foram afetados porque se concentram nas áreas mais atingidas pelas inundações. De acordo com Alckmin, o Planalto avalia criar um programa de depreciação acelerada direcionado só para o RS.
Segundo o vice-presidente da Fiergs, Arildo Bennech Oliveira, a provável liberação de crédito para o Rio Grande do Sul vai ajudar a manter o emprego de pelo menos 500 mil trabalhadores com carteira assinada. “Estamos trabalhando com a possibilidade de não existir demissões, de conseguirmos fazer um trabalho muito rápido como disse o vice-presidente. A gente precisa ser rápido. É o que estamos fazendo”, explicou.
De acordo com o vice-presidente da Fiergs, a estimativa é de que o setor precise de pelo menos 3 anos para se recuperar da tragédia climática no Rio Grande do Sul. “Se medidas forem tomadas e o dinheiro chegar a tempo, certamente vamos ter um Estado em 3 anos novamente de pé como estava”, completou. A Fiergs também pleiteia mudanças nas regras trabalhistas semelhantes às medidas tomadas durante a pandemia de covid-19, como teletrabalho e redução da jornada.