No ano passado, o Porto movimentou 45 mil toneladas de alumínio (Foto: Divulgação)
Região Nordeste
Porto de Fortaleza movimenta 8 mil toneladas de alumínio em um mês
Com mercado aquecido, cais cearense fez operação com 500 toneladas do material num só dia
Com mercado aquecido, o Porto de Fortaleza desembarcou 500 toneladas de lingotes de alumínio na terça-feira, dia 21. O material foi produzido pelo Consórcio de Alumínio do Maranhão (Alumar) e transportado em 12 caminhões. A expectativa é de que, nas próximas três semanas, o cais cearense receba até 8 mil toneladas do material.
No ano passado, o Porto movimentou 45 mil toneladas de alumínio. O País voltou a ser autossuficiente na produção do metal no ano passado, quando viu sua produção avançar 24% no ano em comparação a 2022, de acordo com dados da Associação Brasileira do Alumínio (Abal). O volume movimentado no Brasil foi de 1,006 milhão de toneladas.
A carga de lingotes de alumínio será exportada entre os dias 10 e 15 de junho, para o Porto de Trieste, na Itália. A embarcação responsável pelo transporte será a MVUNISTAR que virá da Guiana.
Em nota, o Diretor-Presidente da Companhia Docas do Ceará, Lucio Gomes, destacou os pontos que contribuíram para a escolha da empresa exportadora pelo Porto de Fortaleza para a movimentação da carga.
“O Porto de Fortaleza conta com uma área alfandegada com espaço suficiente para armazenar as toneladas de alumínio que serão exportadas, além de também disponibilizar berços bem equipados para a atracação dos navios”, informou.
Evolução
De acordo com dados da Associação Brasileira do Alumínio (ABAL), o Brasil produzia, em 1970, cerca de 56 mil toneladas de alumínio. Em 2023, esse número ultrapassou 1 milhão de toneladas, o que representa aumento de 18 vezes na produção do metal.
Em relação à reciclagem, o salto foi de 113 vezes no mesmo período. Nos anos 1970, a quantidade de alumínio reciclado era de 8 mil toneladas, agora alcança 904 mil toneladas.
Naquela época, cada brasileiro consumia, em média, 1,1 kg de produtos de alumínio por ano, um número sete vezes menor do que o registrado em 2023, quando o consumo anual por pessoa foi de 7,3 kg de alumínio.