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Os desafios relacionados aos altos índices de insegurança e roubo de cargas nos trens que transportam produtos para o Porto de Santos (SP) foram discutidos na Comissão de Viação e Transportes da Câmara dos Deputados. Foto: Mario Agra

Região Sudeste

Comissão discute segurança nos trens que acessam o Porto de Santos

Atualizado em: 5 de junho de 2024 às 14:14
Yousefe Sipp Enviar e-mail para o Autor

Os desafios relacionados aos altos índices de insegurança e roubo de cargas nos trens que transportam produtos para o Porto de Santos (SP) foram discutidos na Comissão de Viação e Transportes da Câmara dos Deputados nesta terça-feira (04).

A audiência foi requerida pelo deputado Nicoletti (União-RR), que destacou a importância das ferrovias federais como corredor logístico essencial para a economia brasileira, representando 17% do transporte de cargas no país.

Valter Souza, diretor de Relações Institucionais da Confederação Nacional do Transporte (CNT), ressaltou a importância do Porto de Santos, o maior do país, e a necessidade de maior vigilância nas faixas de domínio. “Os assaltos ocorrem quando os trens param para acessar o porto. É preciso ter proteção no momento de saída do pátio até o porto para descarregar”, afirmou Souza.

Leonardo Cezar Ribeiro, secretário nacional de Transporte Ferroviário, informou que o Ministério está trabalhando em um novo marco legal para garantir maior segurança no escoamento das cargas por áreas urbanas e para assegurar os próximos leilões ferroviários.

“Estamos trazendo essa discussão para a mesa em um grupo de trabalho. Será necessário discutir a delimitação da faixa de domínio das ferrovias e como isso pode trazer mais segurança, sem perder de vista a dimensão econômica desses projetos, porque eles precisam ser viáveis”, explicou Ribeiro.

Davi Barreto, diretor-presidente da Associação Nacional dos Transportadores Ferroviários (ANTF), destacou a necessidade de maior integração nos serviços de segurança nacional para a proteção dos trilhos.

“O investimento em ferrovia deve focar não somente no aumento da produção, mas também na segurança e na resolução de conflitos. Ações de aperfeiçoamento da segurança pública, como a criação de protocolos específicos e o compartilhamento de informações entre as forças de segurança e as concessionárias”, detalhou Barreto.

Também participaram do debate o diretor de Infraestrutura Ferroviária do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), José Eduardo Guidi; o diretor de Operações Integradas e de Inteligência do Ministério da Justiça e Segurança Pública, Rodney da Silva; o chefe da Divisão de Fiscalização e Transporte da Polícia Rodoviária Federal, Antoniel de Lima; e o presidente da Federação Nacional dos Policiais Rodoviários Federais, Tácio da Silveira

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