Há pouco mais de dois meses, no dia 26 de março, o navio cargueiro Dali colidiu com a Ponte Francis Scott Key, em Baltimore, no estado de Maryland, nos Estados Unidos, causando um impressionante desabamento e matando seis trabalhadores da construção civil que estavam na ponte no momento do acidente. Foto: Reprodução
Internacional
Porto de Baltimore começa a receber navios após 71 dias de mega acidente
Navio cargueiro colidiu com ponte que dá acesso ao cais americano e deixou seis trabalhadores mortos em março
Há pouco mais de dois meses, no dia 26 de março, o navio cargueiro Dali colidiu com a Ponte Francis Scott Key, em Baltimore, no estado de Maryland, nos Estados Unidos, causando um impressionante desabamento e matando seis trabalhadores da construção civil que estavam na ponte no momento do acidente. Além disso, grande parte do tráfego marítimo do movimentado Porto de Baltimore foi interrompido.
Na última semana de maio, parte do canal de acesso foi liberado, com restrições. De acordo com autoridades locais, cerca de 70% dos navios que normalmente circulam no Porto do Baltimore já conseguem acessar o cais. Mas ainda há muito o que fazer.
A NBC Washington informou que o Corpo de Engenheiros do Exército dos EUA segue retirando os destroços que caíram no Rio Patapsco e rebocadores já escoltaram o navio danificado de volta ao porto.
Entretanto, o desafio agora é que uma espécie de corda inferior do cargueiro que está enterrada profundamente na lama e não há como acessá-la no momento. Há uma grande quantidade de resíduos ainda, além de outros metais no fundo do rio, segundo as autoridades que estão atuando na região.
Para liberar totalmente a operação, as autoridades querem garantir que o canal seja completamente restaurado para que haja tráfego de duas vias.
Investigadores ainda apuram as causas do acidente, mas dados do navio foram recuperados e devem ajudar a esclarecer o que deu errado na operação com o mega navio.
Especialistas locais explicam que há vários motivos que podem ter influenciado o acidente, dentre eles um possível uso de combustível de má qualidade levando a uma queda de energia. Com isso, o cargueiro pode ter problemas em seus motores e ficar sem energia para direção e sem equipamentos eletrônicos.
No dia seguinte ao acidente, o governador de Maryland, Wes Moore, afirmou que o navio teve uma pane elétrica. O pedido de mayday (ajuda) feito pelo navio pouco antes da colisão já avisava do problema, o que permitiu que o tráfego na ponte fosse interrompido e mais pessoas fossem salvas.
O Porto de Baltimore é um dos maiores do país, ficando atrás apenas do Porto de Nova Iorque em tonelagem bruta movimentada.
Empresa brasileira
A Ambipar Group, empresa brasileira de gerenciamento de crises envolvendo riscos ambientais, é a única do País atuando localmente em Baltimore.
“Integramos o Centro de Comando Unificado do incidente, ao lado de 5 órgãos governamentais americanos. A Ambipar trabalha em tempo integral na gestão da crise e resposta à emergência desde o primeiro dia do incidente, e seguirá até a completa retirada do navio”, explicou a empresa, em nota.