Figueirêdo ressaltou que o Complexo do Pecém possui mais de 35 memorandos de entendimento assinados com empresas de diversos segmentos da cadeia produtiva da produção do hidrogênio verde. Foto: Grupo Brasil Export
Nordeste Export
Pecém tem missão de ser protagonista da transição energética mundial, diz Hugo
Complexo quer se consolidar como hub de hidrogênio verde em todo o país
O Complexo Industrial e Portuário do Pecém (CE) mira ser protagonista, dentro do setor de logística e infraestrutura, da transição energética em nível mundial nos próximos anos. Foi o que afirmou o presidente do porto, Hugo Figueirêdo, destacando ainda a intenção de que o complexo se consolide como um hub de produção de hidrogênio verde (H2V) no Brasil.
Figueirêdo participou de um dos painéis técnicos do Nordeste Export, que debateu o tema descarbonização na navegação e no setor portuário. O Fórum começou na quinta-feira (20) e se encerrou nesta sexta-feira (21), em Fortaleza.
Segundo o presidente do Complexo de Pecém, a missão é, até 2028, ser protagonista na transição energética.
“Estamos mirando alto porque temos dentro da estratégia do Complexo e do estado do Ceará, um aproveitamento das grandes vantagens que o Nordeste tem, por vocações naturais, na geração de energia renovável”, disse.
O presidente citou também a parceria feita com o Porto de Roterdã, na Holanda. “Importante na nossa governança, nos faz mirar alto e, dentro da transição, nós temos na nossa estratégia de avançarmos com formação e consolidação do hub de hidrogênio verde”, disse.
Figueirêdo ressaltou que o Complexo do Pecém possui mais de 35 memorandos de entendimento assinados com empresas de diversos segmentos da cadeia produtiva da produção do hidrogênio verde.
Atualmente, são seis contratos de empresas já firmados para desenvolvimento de indústria dentro da Zona de Processamento de Exportação (ZPE).
“Somente em projetos estamos falando de valores de 100 milhões de dólares. São projetos vultosos, que requerem estudos detalhados, cuidadosos. No momento, esse movimento de transição energética tem vários países buscando se estabelecer dentro dessa nova cadeia produtiva, inclusive alguns deles com incentivos para desenvolvimento da indústria local”, pontuou.
O presidente destacou ainda os avanços na questão de educação para formação de pessoas e novos profissionais com capacitação para atender a demanda dos novos postos de trabalho na indústria que será gerada.
Junto com a produção de hidrogênio verde, o Complexo se prepara para a produção da amônia verde, que servirá como combustível para os navios com menos emissão de carbono, atendendo a demanda da descarbonização – projeto que nasce a partir da experiência com o Porto de Roterdã.
O painel contou ainda com as participações de Márcio Guiot, Presidente do Complexo de Suape, e Gilmara Temóteo, Diretora-Executiva da Associação Brasileira de Entidades Portuárias e Hidroviárias (ABEPH).