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Construído em 2009 sobre o Rio Tatuoca, um dos cursos d’água mais importantes do território de Suape, o acesso provisório ao EAS foi parcialmente retirado em 2021 (Divulgação)

Região Nordeste

Porto de Suape começa a remover acesso provisório no Rio Tatuoca

Atualizado em: 27 de junho de 2024 às 8:59
Júnior Batista Enviar e-mail para o Autor

No local vivem famílias quilombolas, que cobram recuperação do rio para subsistência da população

A administração do Complexo Industrial Portuário de Suape vai dar início, nos próximos dias, a uma intervenção para remoção do acesso provisório ao Estaleiro Atlântico Sul (EAS) sobre o Rio Tatuoca, um dos cursos d’água mais importantes do território da estatal pernambucana. O serviço de derrocamento tem prazo para ser concluído em 60 dias.

Este é um pedido antigo da comunidade quilombola de Ilha Mercês, que cobra a recuperação do Rio Tatuoca para subsistência da população. A luta da comunidade contra o fechamento do rio ocorre há mais de dez anos. Segundo a comunidade, mais de 200 famílias quilombolas vivem no local.

Segundo a administração portuária, as comunidades pesqueiras que atuam na região do atracadouro foram informadas, previamente, dos detalhes do serviço, numa reunião ocorrida, no dia 13 de maio, no auditório do centro administrativo da empresa. A licença de autorização da obra foi expedida pela Agência Estadual de Meio Ambiente (CPRH) no dia 5 de junho.

Construído em 2009 sobre o Rio Tatuoca, localizado em Ipojuca, o acesso provisório ao EAS foi parcialmente retirado em 2021. Naquele ano, foi aberto 31% do espaço da passagem molhada. Após essa primeira fase, houve a percepção de maior abundância de peixes na microbacia do rio.

Com a abertura total, espera-se haver o restabelecimento da hidrodinâmica para as áreas à montante (mais baixas) do enrocamento com consequências benéficas ao ecossistema aquático. Além disso, a expectativa é de melhora dos elementos bióticos da microbacia do rio, com previsão de alterações para aumento do ecossistema manguezal.

“Essa iniciativa vai aumentar a vazão do curso d’água e o fluxo hidrodinâmico das marés. Com esse restabelecimento, a área de inundação será expandida, o que deverá elevar a qualidade ambiental natural do ecossistema e dos recursos pesqueiros”, explica o diretor de Sustentabilidade de Suape, Carlos Cavalcanti.

Para executar a obra de derrocamento do acesso provisório, foi elaborado o Relatório Ambiental Preliminar com o diagnóstico dos impactos ambientais da área onde será realizada a intervenção. Segundo o projeto de engenharia, o serviço exigirá o uso de equipamentos comuns, como escavadeiras hidráulicas e caminhões caçambas. Durante a execução da intervenção, serão realizados o monitoramento ambiental e o acompanhamento da intervenção.

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