Posição estratégica do Nordeste é chave para o futuro, defende diretor da Antaq

Alber Furtado de Vasconcelos Neto discutiu a importância da região durante painel técnico do Nordeste Export

A posição estratégica do Nordeste é uma das chaves para o futuro do desenvolvimento logístico portuário e de transportes do Nordeste na visão do diretor da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), Alber Furtado de Vasconcelos Neto.

Ele participou do Nordeste Export no painel técnico Desenvolvimento e Desburocratização do Transporte Multimodal na Operação Portuária. O fórum, realizado em Fortaleza, no Ceará, reuniu especialistas para discutir os desafios e soluções para a operação portuária na região Nordeste do Brasil, nos dias 20 e 21 de junho.

Moderado por Leopoldo Figueiredo, diretor-geral da Rede BE News, o painel também teve a participação de  Danilo Veras, head de Public Affairs do Grupo Maersk; Claudio Murilo Xavier, Diretor do Tecon Salvador – Wilson Sons; Leonardo Cerquinho, diretor de Desenvolvimento do Grupo Dislub; e Roberto Miranda, CFO do Tecon Suape.

Em sua fala, Neto ressaltou a dimensão continental do Brasil e a importância estratégica do Nordeste para o país.

“Temos hoje 270 terminais de uso privado (TUPs) autorizados no Brasil, sendo 34 no Nordeste, dos quais 23 estão em operação, movimentando 230 milhões de toneladas em 2023. Além disso, há 11 portos públicos na região, responsáveis por 11 milhões de toneladas de carga no mesmo período”, explicou.

Ele também destacou a iniciativa Navegue Simples. “Nos Estados Unidos, a autorização de terminais pode levar até três anos. O Navegue Simples foca no essencial, garantindo que os portos possam operar de maneira eficiente e segura”, disse.

O programa Navegue Simples tem o objetivo de desburocratizar o processo de autorização de terminais de uso privado (TUPs) nos portos do país. e acordo com o Ministério de Portos e Aeroportos, mais de R$ 5 bilhões devem ser investidos no setor portuário através da medida.

A primeira etapa do programa foi iniciada em julho do ano passado, com a abertura de tomada de subsídios voltada para a simplificação de processos de autorização de TUPs, visando à redução do tempo de tramitação processual.

Atualmente, o prazo para autorizar a concessão de um terminal de uso privado é de aproximadamente três anos, segundo o Ministério de Portos e Aeroportos. A ideia é reduzir este tempo para seis a oito meses.

Neto também enfatizou a importância dos portos para a geração de emprego e renda, e a necessidade de melhorar a relação entre os portos e as cidades que os abrigam.