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A melhoria na infraestrutura aquaviária no Porto de Santos permitirá a presença de navios maiores que os de 366 metros, que possuem capacidade para movimentar até 15 mil TEU. Foto: Divulgação/APS

Porto de Santos

APS prepara estudos para aprofundamento do canal para 16m

Atualizado em: 26 de julho de 2024 às 3:26
Cássio Lyra Enviar e-mail para o Autor

Após esta primeira fase, Autoridade Portuária fará concessão do canal para 17 m de profundidade

O Porto de Santos (SP), o maior complexo portuário do país, se prepara para finalizar os estudos técnicos referentes à dragagem de aprofundamento do canal aquaviário. O plano da Autoridade Portuária de Santos (APS) é realizar o aprofundamento inicialmente para 16 metros e, posteriormente, para 17 metros, levando em conta as projeções de crescimento de carga e navios.

A melhoria na infraestrutura aquaviária permitirá a presença de navios maiores que os de 366 metros, que possuem capacidade para movimentar até 15 mil TEU.

De acordo com a APS, neste momento encontra-se em elaboração o anteprojeto da dragagem de aprofundamento para 16 metros – atualmente o estuário santista tem profundidade de 15 metros.

Os estudos técnicos estão sob responsabilidade do Instituto Nacional de Pesquisas Hidroviárias (INPH) e da Universidade Estadual de Campinas (SP).

O aprofundamento para 16 metros é considerado, de acordo com a APS, uma medida a curto prazo para garantir calado aos grandes navios que adentram o complexo marítimo. Segundo o cronograma da APS, estão previstos investimentos na ordem de pouco mais de R$ 324 milhões.

Já a médio prazo, serão viabilizados estudos referentes ao aprofundamento do canal de navegação para 17 metros.

Conforme já anunciado pela APS, a profundidade de 17 metros no canal aquaviário de Santos será concedido à iniciativa privada, que fará a gestão da via marítima em um modelo de parceria público-privada (PPP).

Os estudos técnicos para o projeto estão sendo realizados pelo Ministério de Portos e Aeroportos.

Esta nova etapa vai demandar investimentos de R$ 6 bilhões oriundos do setor privado e permitirá a plena operação de navios maiores no cais santista. O ministro Silvio Costa Filho já havia afirmado que trata-se da maior obra do tipo no setor brasileiro.

Em nota enviada ao BE News, a APS informou que, para fins de otimização das operações de dragagem no Porto de Santos, está viabilizando estudos técnicos para avaliar alternativas de obras de engenharia que visem reduzir os montantes a serem dragados para a manutenção dos futuros gabaritos, bem como para garantir um entendimento mais aprofundado dos processos sedimentares atuantes no ambiente em que o complexo portuário se encontra instalado.

A Autoridade Portuária informou, também, que a dragagem para manutenção das profundidades em 15 metros continua a ser feita. Já a dragagem dos berços no cais do Armazém 12A encontra-se em fase de conclusão.

Demanda

Na quarta-feira, 24 de julho, o Terminal de Contêineres (Tecon) de Salvador (BA), operado pela Wilson Sons, recebeu o meganavio MSC Orion, de 366 metros de comprimento. A embarcação é a primeira dessa classe a navegar na Baía de Todos-os-Santos e conta com um calado de 16 metros e capacidade para transportar até 15 mil TEU. A operação movimentou 700 contêineres.

Com profundidade adequada para o recebimento de navios de grande porte, destaca-se a atenção para melhoria na infraestrutura de acessos aquaviários, um dos grandes desafios para as Autoridades Portuárias do país.

Como exemplo, o Porto de Santos já recebeu duas escalas de navios de 366 metros. Embarcações deste tipo também já realizaram atracação nos portos de Paranaguá (PR) e Rio Grande (RS).

Com a alta demanda de cargas, o Porto de Santos se prepara para receber navios de até 400 metros de comprimento. Essa expectativa também está para os terminais portuários que operam contêineres, visando aumento de competitividade e da movimentação do setor.

O Porto de Santos apresentou um excelente desempenho no primeiro semestre de 2024, com 2,6 milhões de TEU operados nos dois fluxos, embarques e desembarques. Para o período, houve crescimento de 16,5% em relação ao ano passado.

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