sexta-feira, 15 de novembro de 2024
Dolar Com.
Euro Com.
Libra Com.
Yuan Com.

Quem visitar a exposição também sentirá um pouco de como é viver no oceano, já que em uma das 9 estações da mostra, é possível “velejar” e sentir o chão balançando sob os pés, observando o nascer e o pôr do sol na proa do barco. Foto: Agência Netza/Divulgação

ESG

Terminal portuário apoia exposição que mostra impacto do lixo no mar

Atualizado em: 2 de agosto de 2024 às 20:27
Vanessa Pimentel Enviar e-mail para o Autor

Mostra foi lançada pela Família Schürmann, após volta ao mundo em um veleiro

A Santos Brasil está apoiando a exposição ‘Voz dos Oceanos’, lançada pela Família Schürmann, após uma expedição mundial a bordo do veleiro Kat, que durou dois anos e, mesmo passando por lugares inabitados, se deparou com grandes quantidades de resíduos plásticos no mar.

A exposição foi aberta ao público no dia 28 de julho e pode ser conferida até o dia 20 de agosto, no shopping JK Iguatemi, em São Paulo. Além de uma réplica do veleiro, traz corais em tamanhos reais, animações em telões com imagens de animais marinhos e uma área inteira dedicada aos tipos de plásticos mais encontrados no oceano e seus perigosos impactos para o meio ambiente e para os seres humanos.

“A Santos Brasil opera oito terminais costa afora, são 4 estados, então a gente está de frente para o problema. Só que a gente precisa de uma voz para levar o problema e a conscientização dele para um universo amplo e a Voz dos Oceanos foi o caminho e o parceiro que nós encontramos pra essa amplitude”, diz Daniel Pedreira Dorea, diretor econômico-financeiro e de Relações com Investidores da Santos Brasil, ao explicar sobre a importância de patrocinar iniciativas como essa.

O apoio privado a esse tipo de iniciativa também vai ao encontro das práticas ESG, adotadas por empresas que querem deixar uma marca mais positiva nos âmbitos social, ambiental e de governança corporativa.

“Se nós pensarmos em práticas ESG, iremos perceber que a sociedade exige das empresas que assim se comportem, que assim se comprometam. Esse é um compromisso que a Santos Brasil assumiu ainda em 2013, quando assinou o Pacto Global da ONU. A gente não tem que depender de política de Estado, acho que o caminho é inverso (…) E as empresas que queiram ser perenes, sustentáveis e devolver pra sociedade um pouco daquilo pela qual elas existem, precisam exercitar as práticas ESG”, avalia o executivo.

A velejadora, escritora e pesquisadora Heloísa Schürmann, uma das lideranças do projeto, também esteve no lançamento e explicou que a expedição surgiu para conscientizar as pessoas sobre “a invasão dos plásticos no oceano”.

A tripulação saiu do Brasil em 2021 e durante dois anos velejou por diversos lugares do mundo, retornando ao Brasil em novembro do ano passado. Segundo Heloísa, o que mais impressionou os tripulantes do veleiro durante a viagem foi o avistamento de plásticos em todos os lugares por onde a família passou, mesmo os mais isolados.

“Nós saímos do Brasil, passamos por 10 países, 100 lugares e, em todos eles, encontramos plásticos ou microplásticos. Mas é como uma balança, ao mesmo tempo que há esse lado negativo, nos impressionou também o lado positivo, de quantas iniciativas (existem) nesses países todos, que estão tentando mudar esse cenário”, declarou.

Resíduos

A velejadora tem esperança que, ao visitarem a exposição, de forma imersiva, as pessoas entendam os riscos do descarte incorreto de resíduos, principalmente o plástico, e se conscientizem que a solução para esse problema começa em casa.

Ela destaca que mesmo os resíduos de quem mora em São Paulo, cidade que não tem mar, podem chegar ao oceano, através dos rios. Um exemplo é a haste de limpar os ouvidos: ao ser jogada no vaso sanitário, ela entra na rede de esgoto e pode acabar encontrando um rio, que deságua no mar.

“Nós queremos que as pessoas se conscientizem, no seu dia a dia, do impacto delas. ‘Ah, mas a gente mora em São Paulo e o nosso lixo não vai parar no mar’. Eu brinco e digo: você estudou geografia? Todos os rios desaguam no mar, e em São Paulo tem muitos rios, então a gente sabe que esses plásticos vão acabar no mar”.

Quem visitar a exposição também sentirá um pouco de como é viver no oceano, já que em uma das nove estações da mostra, é possível “velejar” e sentir o chão balançando sob os pés, observando o nascer e o pôr do sol na proa do barco.

Todo o trajeto da exposição é feito em torno de 50 minutos. Os ingressos custam a partir de R$ 30 e, após passar por São Paulo, outros estados receberão a mostra.

 

Compartilhe:
TAGS