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Uma pesquisa da consultoria com produtores agrícolas de todo o mundo revelou que o agro brasileiro está na vanguarda na adoção de produtos de biocontrole e bioestimulantes e de práticas de agricultura regenerativa, e que tem potencial de crescer na agricultura de precisão, automação e sensoriamento remoto. Foto: Divulgação

Mudanças climáticas

Recuperando áreas, agronegócio pode atender demanda global por terras até 2030

6 de agosto de 2024 às 16:48
Júnior Batista Enviar e-mail para o Autor

Mundo precisará de 70 a 80 milhões de hectares em seis anos, dependendo dos efeitos advindos das mudanças climáticas

O agronegócio brasileiro tem o maior potencial para atender à demanda por terras até 2030, por meio de tecnologias para recuperação de áreas degradadas. De acordo com estimativas da Mckinsey & Company, divulgadas no 23º Congresso Brasileiro do Agronegócio, o mundo precisará de cerca de 70 a 80 milhões de hectares daqui a seis anos, dependendo dos efeitos advindos das mudanças climáticas, que podem aumentar a demanda por área para mais de 100 milhões de hectares. O evento é uma realização da Associação Brasileira do Agronegócio – ABAG, em parceria com a B3 – a bolsa do Brasil.

“Esse montante equivale quase ao que o Brasil tem hoje de terra plantada. Historicamente, isso já foi feito no passado, por meio da supressão vegetal. Hoje, a realidade é outra: precisamos reflorestar e para suprir essa necessidade, existem outras alavancas”, disse o sócio-sênior e líder global de Agricultura da Mckinsey & Company, Nelson Ferreira.

Uma pesquisa da consultoria com produtores agrícolas de todo o mundo revelou que o agro brasileiro está na vanguarda na adoção de produtos de biocontrole e bioestimulantes e de práticas de agricultura regenerativa, e que tem potencial de crescer na agricultura de precisão, automação e sensoriamento remoto.

Outro ponto tratado por Ferreira foi o potencial brasileiro com as soluções de biomassa para 2030, com cerca de US$ 25 bilhões, e em 2040, com US$ 61 bilhões. A seu ver, é necessário discutir qual o papel do Brasil nessas tecnologias, pois o agronegócio pode agregar valor, além da questão dos alimentos, por meio de novos produtos, como no caso da biorrefinaria, sempre de forma integrada e sustentável.

O presidente da ABAG, Luiz Carlos Corrêa Carvalho, destacou ainda que a demanda por bioprodutos e biodevirados está em todos os setores. “Assim, precisamos de um diálogo aberto, pois os produtores agroindustriais podem contribuir com a agenda climática, a COP 30, mercado de carbono e a correção dos equívocos da mensagem, pois a resposta está na produtividade e inovação, com regulação efetiva. O agro é formador de alianças para um mundo novo”, afirma.

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