Nacional
Em reunião, Lula orienta ministros a não criarem novos programas
Segundo o ministro da Casa Civil, o pedido do presidente é para que os ministérios deem andamento a projetos já apresentados
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) orientou os ministros a darem andamento aos projetos já apresentados até agora e não criar mais programas. Durante a reunião ministerial realizada na quinta-feira (8), no Palácio do Planalto, ressaltou que o momento atual não é mais de semear, mas sim de colher os resultados, conforme relatou o ministro da Casa Civil, Rui Costa.
“A orientação é que chegou a hora da colheita e de implementar tudo o que foi anunciado. Ele [Lula] não quer mais a criação de programas ou novas propostas; não é hora de plantar, mas de regar, adubar e colher. Então, daqui para frente, é cuidar do que foi plantado para que possamos, até o final do mandato, colher os frutos. Se continuarmos a plantar até o final do mandato, não teremos tempo de colher o que foi semeado”, explicou Rui Costa ao término da reunião.
Quando questionado sobre a reação dos ministros em relação ao congelamento de R$ 15 bilhões no Orçamento, afetando diversas áreas do Governo, Costa afirmou que todos compreendem a necessidade da medida.
“Corte é corte, e ninguém vai ficar contente com isso, mas é necessário para honrar o compromisso reiterado pelo presidente de manter a política fiscal, a responsabilidade fiscal e o equilíbrio fiscal. Todos estão cientes disso, e a vida segue”, declarou.
A reunião, que fez um balanço de um ano e sete meses de governo, contou com a presença de todos os ministros, além dos líderes do Governo no Congresso, no Senado, na Câmara dos Deputados e dirigentes do Banco da Amazônia, Bando Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Banco do Brasil, Correios, Banco do Nordeste, Petrobras e Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Lula também orientou os ministros sobre a conduta a ser adotada durante as eleições municipais deste ano. Segundo Rui Costa, cada ministro poderá apoiar os candidatos de sua escolha, mas devem tomar cuidado com críticas e ofensas aos adversários.
“Ele desejava que cada ministro seguisse o estilo de fazer política que ele tem defendido, ou seja, focando na defesa de valores e propostas, sem ataques aos adversários. Mesmo que um ministro não esteja falando oficialmente como membro do governo, ele ainda representa o governo, e Lula gostaria que a marca do seu governo fosse a defesa enfática de seus candidatos, sem a necessidade de utilizar adjetivos negativos”, concluiu o chefe da Casa Civil.